Cândida Azevedo celebrou 100 anos com “uma barriga cheia de parabéns”

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Cândida da Cruz Azevedo, descrita como “porto seguro, de dedicação e de entrega”, celebrou 100 anos com “uma barriga cheia de parabéns”. Natural de Antas, em Esposende, a centenária nasceu no seio de uma família de 12 irmãos, dedicou-se à agricultura, apaixonou-se pela arte de tecer o linho e certo dia, a meio do século passado, a família do poeta António Correia de Oliveira encomendou-lhe uma toalha de rosto para oferecer a António de Oliveira Salazar.

Com duas filhas, quatro netos e dois bisnetos, Cândida Saleiro, como é conhecida, diz que foi a “andar devagarinho, porque depressa pode-se cair e ficar-se pelo caminho”, que chegou aos 100 anos. Mas a vida nem sempre lhe sorriu. Ficou viúva aos 52 anos, 17 depois de se casar, e teve de ser ela a força e o sustento da casa.

“Casei-me com 35 anos. O meu marido era aqui da freguesia. Já era meu namorado há um tempo largo. Ele vendia adubos para as terras, ia para as feiras e transportava num camião para o Porto”, recordou Cândida, acrescentando que foi numa dessas viagens que o companheiro acabou por perder a vida.