
Árbitro deixa campo após ser agredido em jogo da AF Braga
O árbitro Ricardo Ferreira abandonouo relvado após ser agredido por um jogador durante o encontro entre Caçadores das Taipas e Arões, referente à Série B da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga.
O incidente ocorreu aos 65 minutos do encontro realizado no Estádio do Montinho, na vila de Caldas das Taipas, no concelho de Guimarães, quando o guarda–redes da equipa da casa, Marco Pinto, agrediu o juiz da partida, após ver o cartão vermelho direto, segundo registos em vídeo a que a Lusa teve acesso.
A agressão deu-se na sequência de uma falta junto à linha lateral, que desencadeou protestos veementes de adeptos da equipa da casa, e momentos de confusão entre atletas, com o guardião dos anfitriões a agredir um jogador do Arões e a ser expulso, antes de se dirigir ao árbitro.
Depois de ser atingido pelo jogador do Caçadores das Taipas, Ricardo Ferreira correu rumo ao balneário, acompanhado pelos árbitros assistentes, Daniel Vale e André Duarte, e deu o encontro da 24.ª jornada por terminado, quando o Arões, equipa do concelho de Fafe, vencia por 1-0.
O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol (AF) de Braga manifestou o “mais profundo repúdio pela inaceitável e vergonhosa agressão sofrida pelo árbitro Ricardo Ferreira”, a quem demonstrou “total solidariedade”.
“O Conselho de Arbitragem da AF Braga manifesta total solidariedade ao árbitro Ricardo Ferreira e ao Núcleo de Árbitros de Futebol do Cávado, reafirmando o seu compromisso inabalável com a defesa e proteção da classe da arbitragem”, acrescenta.
O órgão apelou também às entidades competentes para que “a agressão seja severamente punida, servindo como um exemplo de que atos desta natureza não podem, em hipótese alguma, ser tolerados”.
O Conselho de Arbitragem da AF Braga salientou também que “a violência em qualquer contexto desportivo é absolutamente intolerável, sendo um atentado aos valores do respeito, ‘fair play’ e integridade que devem nortear o futebol”. “Atos como este não apenas colocam em risco a segurança dos árbitros, mas também descredibilizam a competição e mancham a imagem do desporto”, refere o comunicado.
O “respeito por todos os intervenientes no fenómeno desportivo é inegociável”, sendo “fundamental que clubes, atletas, adeptos e demais agentes desportivos” se unam para garantir que “os campos sejam espaços de competição saudável, justiça e desportivismo”, lê-se ainda na nota.