“Se hoje eu sou Augusto Canário, devo muito à companhia do Teatro do Noroeste”

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O Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana estreia, esta quinta-feira, Dia Mundial do Teatro, a peça “Chaimite, um possível musical”, criação de e com Fernando Gomes, uma opereta cómica que transporta o público para a história de Maria da Luz e Francisco, dois jovens de Santa Leocádia de Geraz do Lima, cujos sonhos de amor são interrompidos pela Guerra Colonial. A peça explora as memórias e emoções da época, revisitando um período marcante da história portuguesa com humor e exuberância musical e visual.

A peça conta com a participação especial de Augusto Canário. “Ele tem dois momentos fortes. Numa das cenas é o dia de despedida para a guerra e o Canário faz dele mesmo, mas ainda não é o Canário que toda a gente conhece”, enquadrou Fernando Gomes, convicto de que a peça vai deixar o público “bem disposto, alegre e feliz”.

Augusto Canário admitiu que não podia recusar o convite do Teatro do Noroeste. “Se hoje eu sou Augusto Canário, devo muito à companhia do Teatro do Noroeste. Tenho uma ligação a esta casa por causa de projetos nos anos 90”, lembrou o reconhecido cantador ao desafio que vai celebrar 65 anos em cima do palco, durante esta peça, que vai estar em cena até 10 de abril.

Em algumas datas, por causa da sua agenda, Augusto Canário vai ser substituído por Cândido Miranda. “Fazer teatro era uma coisa que eu almejava há já algum tempo. O meu pai tinha feito teatro e eu também gostaria de fazer. Por isso, estou encantado por participar”, confessou.

Ricardo Simões, diretor do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, explicou como é que surgiu a ideia da peça  para a “Chaimite, um possível musical”. “O Fernando Gomes está a celebrar mais de 50 anos de carreira e também fez mais de uma dezena de espetáculos connosco. Quisemos assinalar essa data e pensamos num projeto que marcasse o regresso de Fernando Gomes a Viana do Castelo. Além disso, como estamos a preparar o 35º aniversário da companhia e como Viana do Castelo é Capital da Cultura do Eixo Atlântico, quisemos fazer um momento diferente. É um prazer imenso proporcionar este projeto aos vianenses”, frisou, agradecendo a participação de Cândido Miranda e de Augusto Canário. “Em 1998, o Canário participou num espetáculo nosso e desde então falávamos sempre em repetir a experiência”, acrescentou Ricardo Simões.

O espetáculo estará em cena de 27 de março a 13 de abril, na Sala Principal do Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, e tem interpretação de Adriel Filipe, Alexandre Calçada, Augusto Canário ou Cândido Miranda, Elisabete Pinto, Fernando Gomes, Marta Bonito, Rafaela Sá, Ricardo Ferreira, Ricardo Simões, Sofia Bernardo, Tiago Fernandes, música original de Artur Guimarães e direção coral de José Paulo Ribeira.

As datas e horários são: 27 e 28 de março (quinta e sexta-feira), às 21h00; 29 de março e 12 de abril (sábado), às 19h00; 30 de março e 13 de abril (domingo), às 16h00; 2, 7, 9, 11 de abril (quarta, segunda, quarta, sexta), às 21h00. Todas as sessões terão legendas em inglês. A sessão de 3 de abril contará com tradução em Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição. O espetáculo tem a duração aproximada de duas horas, com intervalo. Os bilhetes custam entre 5 e 10 euros e estão disponíveis na Bilheteira do TMSM, BOL – Bilheteira Online e tmsm.pt.

Antes da estreia de “Chaimite, um possível musical”, o elenco de honra da companhia vai ler a Mensagem do Dia Mundial do Teatro. A mensagem de 2025 do Instituto Internacional de Teatro, Organização Mundial para as Artes Performativas da UNESCO, é do encenador grego Theodoros Terzopoulos, sendo a tradução oficial para português do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana.