Destaques – Debate Legislativas: Viana do Castelo

0
332

Esta tarde decorreu um debate promovido pela Confederação Empresarial do Alto Minho, com o jornal AltoMinho como media partner, entre os cabeças de lista pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo às eleições legislativas. Fique com alguns dos destaques deste mesmo debate, sobre o qual poderá ler mais na edição da próxima semana do jornal AltoMinho.

Tiago Brandão Rodrigues (PS):

“Quando falamos de competitividade, é importante falarmos das medidas que o Governo tomou durante a pandemia, como layoff ou as moratórias. Nas alturas mais difíceis, é no investimento público que temos de apostar.”
“Gostaria de destacar a eletrificação da linha do Minho, que tinha sido cancelada pelo governo PSD/CDS, que nos liga ao Porto de Leixões e ao Porto de Vigo, potenciando exportações.”
“Falar de competitividade é falar de requalificar as escolas. Não é por acaso que o Alto Minho regista a menor percentagem de abandono escolar. Temos de investir na qualificação dos jovens.”

Jorge Mendes (PSD):

“A A28 tem de ser prolongada até Monção, mas não há abertura do governo para o agendamento de infraestruturas no Alto Minho.”
“O governo foi um desastre na cooperação transfronteiriça. Destruiu tudo o que de bom se fez.”
“As nossas empresas têm grandes problemas de carência de mão-de-obra e a situação tem-se vindo a agravar, o que é um grande constrangimento à competitividade. Outros países deram muitos mais apoios às empresas do que Portugal.”

Luís Louro (BE):

“Temos de fazer uma aposta forte na ferrovia e, aqui no Alto Minho, era importante ligarmo-la a Monção e Melgaço. Temos de mudar a mentalidade que cada um tem sobre andar de carro. Assim, estaremos a combater as alterações climáticas. Desta forma, com o investimento na ferrovia, também facilitaríamos a ligação ao porto de Viana do Castelo.”
“É importante prolongar a A28 mas acabar com as portagens.”
“Para promover um maior intercâmbio com a Galiza, temos de apostar em infraestruturas desportivas, de saúde e culturais. Podíamos fazer uma parceria com a Galiza em relação à saúde.”

Celestino Ribeiro (CDU):

“Em Portugal, temos políticas de desregulação de horários e de baixos salários. Que trabalhador seria produtivo com os salários que os portugueses levam para casa?”
“Temos de permitir que os jovens se estabeleçam no nosso território para desenvolverem a nossa região.”
“Não temos os municípios ligados entre si. Não conseguimos levar a classe trabalhadora para os locais de trabalho porque não temos horários nem transportes para os satisfazer.”

Joana Mendes (CDS-PP):

“A aposta na rede de transportes públicos, tanto rodoviária como ferroviária, tem de garantir que tudo funcione para as nossas populações.”
“Temos de promover a criação de zonas industriais e triplicar os apoios às empresas privadas.”
“Precisamos de mão-de-obra qualificada, em especial com competências digitais, para aumentar a nossa atratividade. Temos de apostar numa discriminação positiva em relação a territórios de baixa densidade.”

Miguel Queirós (PAN):

“Não podemos deixar que indústrias prejudiciais para o ambiente continuem a beneficiar de borlas fiscais, como as agropecuárias ou os têxteis. O ambiente deve marcar o passo.”
“Temos de apoiar as energias renováveis, que já são importantes no Alto Minho.”
“A exploração de lítio que está prevista não é só na Serra d’Arga: abrange cinco concelhos, é um polígono que inclui centros urbanos como Caminha, Vila Nova de Cerveira ou Ponte de Lima. É uma coisa absolutamente patética.”

Filipe Faro da Costa (Livre):

“O Alto Minho tem de parar de perder população. Temos de fixar as pessoas, dar possibilidades às pessoas qualificadas para se manterem cá ou para virem para o Alto Minho.”
“Vários concelhos encontram-se sem ligações estruturantes em relação à ferrovia. Por outro lado, requalificar estradas só vale a pena se se incluírem ciclovias.”
“Poderíamos apoiar microempresas, a fundo perdido, para algumas iniciativas locais de emprego. É fundamental simplificar a vida aos pequenos empresários, que têm de se dedicar a produzir e perder menos tempo com burocracia.”

Ivone Marques (IL):

“O IC28 deve ser uma maior prioridade que a A28. Os concelhos de Valença e Vila Nova de Cerveira já estão servidos por vias rápidas, seria muito mais interessante fazer um prolongamento do IC28 desde Arcos de Valdevez até à fronteira com Espanha e depois, a partir de Ourense, proporcionar essa ligação com Madrid.”
“Defendemos a eliminação de várias taxas que as empresas têm de pagar. Isto seria a forma mais rápida de fazer subir salários, aumentando a produtividade.”
“O dinheiro que foi enterrado na TAP resolvia todos os problemas de acessibilidades do Alto Minho e de outros distritos.”

Manuel Moreira (CHEGA):

“Todos falam no interior e ninguém faz nada. Queremos levar até Melgaço e Monção uma autoestrada ou uma via mais rápida. Fazem uma A28 que acaba no meio do nada. Um idoso que se queira deslocar ao hospital de Viana do Castelo tem um problema muito grave.”
“Há um défice enorme de transportes para as zonas industriais. Não podemos pensar que todo o povo tem carro.”
“Temos de apostar na exportação dos nossos bons produtos, como o vinho e os enchidos.”