CRAV conquista vitória sofrida em jogo impróprio para cardíacos
O Clube de Rugby Arcos de Valdevez (CRAV) venceu o R.C Santarém por 20-17, a contar para a 2º jornada do CN1 em jogo disputado até ao último momento.
Este jogo entre os minhotos e ribatejanos revestia-se de importância para ambas as equipas. Embora não tivesse no imediato caráter decisivo, o facto é que ambas vinham de uma derrota na jornada anterior, contra o Caldas RC e o RC Lousã respetivamente, e um segundo desaire consecutivo deixaria qualquer uma das formações mais longe de um dos dois primeiros lugares, que dão acesso à final onde se disputará o título de campeão nacional.
Deste modo, o jogo começou sob o signo do equilíbrio. Para além disso, o mau tempo também foi um dos fatores a ter em conta, para que o jogo não tivesse o melhor nível técnico. Com muitos combates pela posse de bola, as defesas superiorizavam-se aos movimentos atacantes, o que fez com que, na primeira parte, não houvesse qualquer ensaio. Assim, os pontos marcados resultavam da conversão de penalidades, onde se destacava a eficácia dos chutadores. Aos quarenta minutos, a vantagem estava do lado do R.C. Santarém, com quatro penalidades convertidas, contra duas dos da casa (6-12).
A segunda parte iniciou-se com a reviravolta no marcador por parte do C.R. Arcos de Valdevez. Na sequência de um alinhamento no meio campo, consegue uma perfuração nas linhas atrasadas que redunda na marcação de um ensaio por André Soares. No entanto, a alegria dos minhotos pouco durou. Cerca de oito minutos depois, numa clara falha da organização defensiva dos da casa, o Santarém consegue o seu primeiro ensaio e recupera a vantagem no jogo. Através de uma saída de formação ordenada, o número 8, em jogada combinada com o médio de formação, conseguiu uma progressão no terreno de 50 metros marcando ensaio e colocando o resultado em 13-17.
Foi então necessário cerca de um quarto de hora para mais uma alteração no marcador. Numa série de movimentos atacantes, em que o C.R. Valdevez se implantou junto à linha de ensaio, e na sequência de uma formação ordenada, João Pedro Fernandes consegue o segundo ensaio, que viria a ditar o resultado final do jogo (20-17).
Contudo, ainda faltavam 15 minutos para o final de jogo. Assim, as oportunidades sucediam-se, quer para a equipa da casa, quer para os visitantes, que nos últimos cinco minutos tiveram três penalidades no meio campo adversário, que optaram por não converter através do pontapé aos postes.
O jogo acabou com 20-17 favorável aos arcuenses, que mostraram maior discernimento e capacidade de resiliência que os escalabitanos. Na próxima jornada, a disputar a 26 de março, um difícil embate espera os minhotos, que terão de se deslocar à Lousã contra a invicta equipa local.