Aumento “significativo” de internamentos em Viana

0
338

O hospital de Viana do Castelo está a registar um “aumento significativo de internamentos” por covid-19 e um número expressivo de profissionais de saúde infetados, revelou o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos, que apelou “à contenção” da população para travar a doença.

“Atualmente, o número de internamentos está a aumentar de forma significativa. Na manhã de hoje tínhamos internados, em enfermaria, 45 doentes com covid-19, metade dos quais com mais de 80 anos. Na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) está internado um doente”, afirmou.

O responsável adiantou que, “neste momento, o grande problema do hospital de Viana do Castelo, tal como em outros hospitais do país, é o número substantivo de profissionais de saúde em baixa médica”, por infeção pelo vírus SARS-CoV-2. “Nós temos camas, dispositivos de tratamento, mas temos 60 profissionais de saúde doentes. O orgulho que temos é que até agora os profissionais de saúde têm demonstrado uma colaboração fantástica na manutenção dos rácios para responder às necessidades”, sublinhou.

O presidente do conselho de administração da ULSAM adiantou que “a atividade do hospital tem estado a funcionar praticamente a 100%”, mas não está afastada a possibilidade de “redução ou cancelamento” de cirurgias.

“Naturalmente que se entendermos que a situação pode vir a agravar-se teremos que equacionar a redução ou cancelamento da atividade cirúrgica, para fazer face a um redimensionar dos profissionais e até alocar camas. Hoje, sexta-feira, não está em causa, mas está a ser equacionado”, sublinhou.

Franklim Ramos disse estar “muito preocupado” com o impacto da Semana Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), que começa hoje, na “progressão” do número de casos de covid-19.

“Apelo à contenção dos festejos estudantis. Que haja algum cuidado. Sugiro à população mais idosa ou pessoas com doenças crónicas que se protejam, que utilizem máscaras, sobretudo em ambientes fechados, que evitem situações de grande proximidade e que mantenham a desinfeção das mãos”, destacou.