Escola Superior de Saúde do Politécnico de Viana aposta na formação em saúde mental
A Escola Superior de Saúde (ESS), do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), celebrou esta segunda feira, dia 16 de maio, o 49.º aniversário. O presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, reconheceu o trabalho realizado na escola, acreditando que vai continuar a ter “uma formação de qualidade”. Já a pensar no futuro, a diretora da ESS-IPVC, Aurora Pereira, anunciou a aposta na área da saúde mental e o reforço das atividades junto da comunidade. Na festa de aniversário, antes de cantar os parabéns à ESS-IPVC e da atuação da Tuna da ESS-IPVC (Tuness), foram entregues Prémios de Reconhecimento de Carreira.
A diretora da ESS-IPVC, Aurora Pereira, destacou que “a escola tem crescido muito em termos de oferta formativa, sendo que há muita procura pelos cursos”. Reconhecida a nível nacional pela “qualidade dos profissionais que forma”, a ESS-IPVC tem necessidade de aumentar o número de vagas disponível.
Para Aurora Pereira, “o futuro terá que passar pelo alargamento da oferta formativa para dar resposta não só às necessidades atuais, nomeadamente a saúde mental, mas também para preencher o conceito de escola de saúde”. Para continuar a ter formação de qualidade, a diretora reforçou “a necessidade de rejuvenescimento do corpo docente, sendo fundamental que seja integrado de forma faseada para que quem chegue fique imbuído do espírito da escola”.
A diretora da escola evidenciou ainda a importância de reforçar as atividades junto da comunidade, “indo ao encontro das necessidades em termos de saúde e ao nível social que são cada vez mais prementes”. Já a pensar nisso, Aurora Pereira anunciou que no próximo ano letivo vai avançar a Pós-Graduação em Saúde Mental, revelando que se está a trabalhar numa proposta de Mestrado na área da Saúde Mental. “Temos um investimento muito grande em atividades de extensão à comunidade e de investigação, mas queremos continuar nesta proximidade muito em articulação com a comunidade e com os municípios”, defendeu.
Os últimos dois anos foram um “grande desafio” para a ESS-IPVC. “A nossa formação prática realiza-se muito em contextos clínicos na área da saúde o que nos levou a alterar os percursos formativos e a fazer um exercício muito grande para, com a colaboração das instituições, não hipotecar a formação dos nossos alunos”, admitiu Aurora Pereira, aplaudindo o sucesso alcançado. “O resultado só de deveu graças à capacidade de adaptação dos nossos estudantes, à resiliência e trabalho dos nossos docentes e à colaboração excecional das instituições de saúde que recebem os nossos alunos”, assegurou.
O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Carlos Rodrigues, começou por elogiar o trabalho feito na ESS-IPVC ao longo de quase meio século. “O reconhecimento do trabalho dentro e fora de portas deve-se ao esforço e empenho de docentes, de funcionários e de estudantes”, aplaudiu Carlos Rodrigues, evidenciando “a notoriedade” que a ESS dá ao Politécnico de Viana do Castelo. O trabalho feito também “é um indicador que dá garantias e esperança para a escola continuar a ter uma formação de qualidade”, assegurou o presidente.
Ainda na cerimónia solene do 49.º aniversário da ESS-IPVC, o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, destacou a “qualidade formativa” da ESS-IPVC, realçando ainda “a componente humana”. Luís Nobre admitiu que é “um privilégio” manter as parcerias existentes. “Fomos pioneiros neste tipo de parcerias e queremos dar continuidade e consolidar o trabalho que temos feito na área da saúde”, referiu o presidente, adiantando que o município está a trabalhar na estratégia municipal para a saúde e a ESS-IPVC “tem um papel fundamental na construção do documento”.
Ainda na cerimónia, a presidente da Associação de Estudantes da ESS-IPVC, Daniela Mendes, elogiou o trabalho realizado durante a pandemia, agradecendo a todos que permitiram que “tudo corresse pelo melhor”. À ESS-IPVC, que foi a sua casa nos últimos seis anos, Daniela Mendes agradeceu por ser uma escola de “afetos”, onde para além de se trabalhar a arte do cuidar também se trabalha a arte saber estar e de saber ser.