Praia de Ofir vai ser reperfilada para travar avanço do mar

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai avançar com o reperfilamento da paia de Ofir, em Fão, tendo já sido assinada a consignação da empreitada, que terá um custo de 132.222,54 euros e um prazo de execução de 30 dias.

A empreitada consiste numa intervenção de manutenção e conservação de uma obra executada pela extinta Polis Litoral Norte, em 2015, para defender a linha de costa a norte das torres de Ofir. “Em resultado da menor dinâmica do transporte sedimentar neste troço da costa, verifica-se um fenómeno de erosão na praia de Ofir, originando que a parte superior dos geotubos existentes esteja descoberta numa extensão apreciável. Também em virtude da agitação marítima ter provocado a perda do areal da praia e modificado o seu perfil, os geotubos estão assim expostos a uma maior deterioração, quer por fatores naturais quer por vandalismo, pondo em perigo a manutenção do cordão dunar, pelo que necessita de ser substituído”, explicou Mesquita Machado, vice-presidente do Conselho Diretivo da APA, vincando ser necessário “proceder a trabalhos para o reperfilamento da praia e reforço da proteção dos geotubos existentes com a sua cobertura com recarga de areias proveniente da zona entre marés”.

“De forma a minimizar os impactes paisagísticos e a exposição do material dos geotubos às radiações ultra violetas e vandalismo e, fundamentalmente, assegurar a proteção da linha da costa com a manutenção do cordão dunar da praia de Ofir, impedindo o seu recuo e protegendo as infraestruturas existentes e a frente urbana de Ofir da ação do mar”, sustentou, congratulando-se com a execução da obra. “Se há município da região norte que está mais exposto e mais vulnerável à ação da erosão costeira é Esposende”, notou o vice-presidente do Conselho Diretivo da APA, clarificando que o plano de ação para defesa da linha de costa está estruturado no Programa da Orla Costeira (POC).

O presidente da Câmara Municipal de Esposende notou que a APA foi sempre um “parceiro privilegiado” do Município e lembrou que a Polis Litoral Norte constituiu “um mecanismo fantástico de intervenção no litoral”, ao abrigo do qual se concretizou um conjunto de intervenções no território concelhio. Benjamim Pereira deu nota de que o litoral de Esposende apresenta outros problemas que carecem de intervenção, apontando o caso de Pedrinhas/Cedovém, em Apúlia, como o mais crítico e de resolução mais complexa.