Rainha das Vindimas 2022 é de Ponte de Lima e segunda dama de honor é dos Arcos
A Rainha das Vindimas de Ponte de Lima foi a grande vencedora do concurso nacional que decorreu em Pinhel. Luciana Meneses conquistou o título de Rainha das Vindimas de 2022 na 14ª edição do concurso que contou com 17 candidatas de concelhos vinhateiros. A candidata dos Arcos de Valdevez, Filipa Costa, foi eleita segunda dama de honor.
Luciana Meneses tem 26 anos e é de S. Martinho da Gandra. Quando venceu o concurso em Ponte de Lima, Luciana disse que a promoção da sua terra natal já é algo naturalmente presente no seu dia a dia. “Sou muito ligada às minhas raízes e sempre que conheço alguém e me perguntam de onde sou faço questão de falar de tudo de bom que tem em Ponte de Lima e tentar convidá-los a visitar o concelho e conhecer esta região. Portanto, será a continuação deste trabalho que já costumo fazer de forma natural no meu dia a dia”, sustentou a jovem que é engenheira biomédica e trabalha na Universidade do Minho como investigadora e está a preparar o doutoramento. Em Ponte de Lima, Luciana é treinadora de basquetebol das camadas mais jovens. “Fui jogadora de basquetebol e, entretanto, tirei o curso de treinadora. Desde então, tenho tentado conciliar porque também é algo que me deixa muito feliz, não só por gostar da modalidade, mas também de crianças e poder continuar a colaborar com um clube da minha terra”, notou.
Já a candidata de Arcos de Valdevez, que foi eleita segunda dama de honor, é natural Souto e está tirar o mestrado de Matemática Aplicada e Computação no Instituto Superior Técnico de Lisboa. “Gosto muito da terra onde cresci e do concelho de Arcos de Valdevez. Por isso, é muito importante ter a oportunidade de representar o nosso território”, disse Filipa Barros Costa, quando venceu o concurso no seu concelho. A vencedora de 21 anos explica que nunca tinha pensado em participar ou trabalhar em projetos ligados ao mundo da moda.
“Sempre fui muito focada nos meus estudos e nunca ponderei participar em atividades fora da minha área. Apesar disso, senti-me muito à vontade no palco. Quem sabe no futuro…”, admitiu, a sorrir. Esta Rainha das Vindimas tem memórias de infância ligadas à produção de vinho. “A minha avó tem uma adega e eu e o meu primo costumávamos pisar as uvas durante as vindimas”, relembrou, com saudade. Para a jovem, a cultura da vinha está a perder a força nas gerações mais novas, por isso, considera que iniciativas como este concurso são importantes para não deixar morrer o sector. “As pessoas mais novas consideram o vinho como uma tradição mais antiga e, com a realização deste tipo de iniciativas, os jovens poderão relacionar-se mais com o mundo rural”, acredita a vencedora do concurso de Arcos de Valdevez.
