Ponte de Lima promete salvar os plátanos

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A Câmara de Ponte de Lima iniciou uma recolha de contributos da população para criar um regulamento de gestão do arvoredo urbano, em particular, os 83 plátanos da Avenida 5 de Outubro, mais conhecida precisamente por “Avenida dos Plátanos”

O presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, adiantou que aquele instrumento resulta de “uma preocupação muito grande” do município, “na manutenção do arvoredo todo na avenida dos Plátanos, que está classificado”. Em causa está uma zona pedestre, com cerca 450 metros de extensão, junto ao rio Lima, onde, em 1901 foram plantados 83 plátanos.

A designada avenida dos plátanos foi alvo de obras de requalificação do pavimento, canteiros e mobiliário urbano, que terminou em junho de 2013.

A “saúde” do arvoredo é acompanhada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mas para intervir naquele que é “um dos principais polos de atração turística e paisagística da área urbana da vila”, o município tem de pedir parecer do Instituto de Conservação da Natureza (ICNF).

“Temos uma dificuldade muito grande em fazer o tratamento daquele espaço. O que queremos é que o trabalho seja feito, acima de tudo, com acompanhamento de uma empresa externa, e as podas que tiverem de se fazer, que sejam feitas de acordo com o regulamento”, explicou Vasco Ferraz, que estimou que dentro de 60 dias o regulamento esteja concluído e, em vigor.

O autarca do CDS-PP justificou a necessidade de o regulamento municipal com a necessidade da autarquia passar a ter “alguma facilidade, até junto do ICNF, que tutela aquela proteção, para que poder atuar”. “Há necessidade de regulamentar a forma como as árvores são tratadas ou, até mesmo, a sua própria substituição. Aquele arvoredo dentro da própria vila, pela idade que tem, pode constituir algum risco. Por exemplo, nós não podemos agora retirar plátanos da avenida e não repormos. Até essa reposição queremos regulamentar para nunca termos ali uma brecha aberta para mantermos aquele aspeto da avenida”, destacou. Segundo Vasco Ferraz, a regulamentação da gestão do arvoredo da vila “prevê ainda o recurso a seguros para acautelar situações de queda de galhos que causem prejuízos no domínio privado”. “Para nós é uma salvaguarda”, sustentou.