“Novo Centro de Tecnologia e Inovação é um oportunidade para toda a indústria do Alto Minho”

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O CiTin – Centro de Interface Tecnológico Industrial, instalado no INOV.Arcos, em Arcos de Valdevez, está entre os cinco novos Centros de Tecnologia e Inovação reconhecidos pelo Ministério da Economia. A recomendação ao Governo foi feita pela Agência Nacional de Inovação (ANI), conferindo agora o reconhecimento a 31 centros nacionais, que passam a designar-se de Centros de Tecnologia e Inovação (CTI).

 

Este reconhecimento abre a porta ao CiTin a novas formas de financiamento, que irá beneficiar não só os seus associados, como toda a indústria do Alto Minho, uma vez que este é o único CTI em toda a região a merecer este reconhecimento por parte do Ministério da Economia.

 

Estes CTI, sucessores dos centros tecnológicos e dos centros de interface, são entidades que se dedicam à produção, difusão e transmissão de conhecimento, orientados para as empresas e para a criação de valor económico, contribuindo para a prossecução de objetivos da política pública e enquadrados nos domínios de especialização prioritários nacionais ou das regiões em que atuam.

 

Carlos Rodrigues, presidente do Conselho de Administração do CiTin, congratula-se por esta alteração, uma vez que a mesma vai permitir projetar o Centro a nível nacional e internacional. “Este reconhecimento assume elevada importância para o bom funcionamento do CiTin. O facto de agora integrar a rede nacional de CTI vai possibilitar, entre outros, candidatar-se, em circunstâncias de igualdade, com os demais centros do país. Teremos financiamento base e também a possibilidade de integrar consórcios, uma vez que o CiTin é agora mais atrativo para captar financiamento. Poderemos também responder a concursos nacionais e internacionais”.

 

Os CTI são financiados por contribuições, subsídios, subvenções do Estado e fundos europeus, estando, por isso, sujeitos a avaliações periódicas, que podem resultar em alterações ao financiamento público inicialmente estabelecido, integralmente financiado por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou outras fontes de financiamento com origem em fundos comunitários.

 

Diretor do CiTin, Sérgio Ivan Lopes destaca a projeção do Centro e a sua relevância para toda a região do Alto Minho. “Este reconhecimento permitirá ao CiTin participar em programas de financiamento específicos que venham a ser criados para os CTI, como é o caso da Missão Interface prevista no PRR com uma dotação orçamenta que ronda os 80 milhões de euros. E isto tem uma importância acrescida não só para o CiTin, mas também para a região, porque permitirá democratizar o acesso das empresas da região ao ecossistema de inovação nacional, bem como alavancar mais financiamento competitivo, ou seja, trata-se de uma oportunidade para toda a indústria da região”.

 

As mais-valias estão expressas a diversos níveis, uma vez que o reconhecimento agora obtido irá também “permitir ao CiTin obter um financiamento base, calculado em função dos resultados alcançados, reduzindo, assim, a dependência de fontes de receita competitiva e fomentando a disponibilização de serviços às empresas, equilibrando as receitas entre atividade económica e não económica”, acrescenta Sérgio Ivan Lopes.

 

Até ao final do ano, o CiTin aumenta a equipa, passando a contar com 14 investigadores, três deles internacionais, altamente qualificados. O Centro integra três departamentos: o Departamento de Sistemas Avançados de Produção, o Departamento de Sistemas Ciberfísicos e o Departamento da Mobilidade e Ambiente.