Dinâmica da Rota das Colheitas reforça economia de Vila Verde

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Com mais de 50 eventos ligados às tradições e ao mundo rural, percorrendo ao longo de quatro meses as freguesias do concelho de Vila Verde, a programação Na Rota das Colheitas encerrou este domingo, culminando um fim-de-semana dedicado ao Arroz de Pica No Chão e ao Pudim Abade de Priscos, ex-libris da gastronomia vilaverdense, a que não faltou ainda um magusto típico e o desafio para uma caminhada ambiental.

A extraordinária adesão das pessoas e a mobilização das freguesias e diferentes instituições locais, assim como a riqueza, a qualidade e a diversidade dos eventos, comprovam o reconhecido – e inegável – sucesso desta edição Na Rota das Colheitas”, assume a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, no balanço da iniciativa.

A autarca sublinha o impacto social, cultural e económico da Rota das Colheitas, que demonstrou possuir “uma dinâmica própria cada vez mais forte” – o que representa um valor acrescentado enquanto evento-âncora da estratégia do Município para “o desenvolvimento sustentado do concelho e de todas as suas freguesias”.

Júlia Fernandes não tem dúvidas que a dinamização provocada pelos eventos da Rota das Colheitas “é um contributo de particular relevo para apoiar e consolidar a atividade da economia local, desde a agricultura ao comércio”.

Destacando a importância da potenciação dos recursos e do património material e imaterial do concelho, a presidente da Câmara enaltece o contributo e o trabalho intenso do vasto leque de atores locais e regionais na “preservação e recriação genuína das tradições e saberes populares que marcam a identidade de um território único e de excelência no contexto global”.

A fechar o ´menu’ de quatro meses de eventos da Rota, mais de uma dezena de restaurantes participou no fim-de-semana gastronómico dedicado ao Arroz de Pica No Chão e ao Pudim Abade de Priscos, associado à 10ª Mostra de Doces e Sabores da Nossa Terra – iniciativa que envolveu dezenas de pastelarias do concelho.

À oferta dos sabores do mundo rural não faltou ainda um magusto típico em Aboim da Nóbrega, que incluiu uma sardinhada e animação popular, além da caminhada pelo Trilho da Nóbrega, a partir do Parque de Campismo e Caravanismo de Aboim.

Esta Rota das Colheitas proporcionou a recriação de diversas atividades agrícolas, como a espadelada de linho, a desfolhada de milho, a vindima e pisada de uvas, num contexto ‘colorido’ pelos trajes da época, alfaias agrícolas, merendas ‘lavradeiras’ e pela alegria da música popular.

O vasto programa, que arrancou em agosto, integrou igualmente a “Festa das Colheitas – XXX Feira Mostra de Produtos Regionais”, num evento que deu particular relevo à tradição agrícola, à música popular, à gastronomia regional e ao artesanato local, com atividades como a Festa do ‘Caurdo’, encontros de música popular e concursos agrícolas e gastronómicos.

Do verdadeiro roteiro turístico-cultural constaram arraiais à moda do Minho, as festas e as romarias, incluindo os cortejos e decorações com produtos agrícolas, a par das iniciativas de índole gastronómica, como o caldo do pote, o arroz de feijão com pataniscas, sardinha assada na broa, papas de sarrabulho e rojões, entre outros.