Amândio Dantas foi um “grande poeta, apaixonado por Ponte de Lima e acérrimo defensor da natureza”
Morreu aos 73 anos Amândio Sousa Dantas, poeta, escritor e ambientalista de Ponte de Lima. Nas redes sociais, multiplicam-se as homenagens ao poeta e defensor do rio Lima. “Homem educado, excelente conversador e enorme cultura, lia sempre com agrado as notícias que publicava nos jornais regionais. Grande poeta, apaixonado por Ponte de Lima e acérrimo defensor da natureza nem sempre agradava aos poderes instalados, mas era um homem justo e todos o respeitavam”, escreveu José António Gomes. “Foi a pessoa com que partilhei momentos únicos. Era um resistente, tinha em Portugal o espírito dum gaulês que se opunha a toda a espécie de prepotência. Daí a dificuldade de encontrar afinidades. Conhecia o caminho, mas fugia a confrontações inúteis. Senti-me também inútil para prefaciar livros seus. Não tinha veia para lhes acrescentar valor. A nossa gratidão passa por ler os seus livros em que está presente toda a sua ausência. O Amândio Sousa Dantas tinha a verticalidade dum homem de bem, seguro das chinelas que calçava. Regressou da Alemanha logo que pode para viver a nossa Revolução. Mas o seu mundo poético não cabia na mediocridade reinante. Um Amigo Grande!”, escreveu Jorge Silva, citando Manuel Pires Trigo.
“Acabo de ter conhecimento da morte do meu querido Amigo Amândio Sousa Dantas, na minha opinião, o maior poeta limiano da contemporaneidade, mas, acima de tudo um Homem Bom e sempre atento às preocupações do quotidiano, insatisfeito e lutador. Ponte de Lima fica muito mais pobre”, acrescentou Ovídio de Sousa Vieira.