“José Maria Costa foi investigado, reinvestigado e nunca foi acusado”

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O ministro da Economia e do Mar manifestou-se “muito triste” com um país “que tem esta cultura de suspeição generalizada” e assegurou que tem uma “crença muito grande no Estado de Direito”.

António Costa Silva, que falava no parlamento, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, respondia assim ao deputado do Chega Pedro Pinto, que o instou a comentar sobre a notícia de novembro que dava conta que o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, estava a ser investigado por alegada violação da contratação pública.

“Todos os cidadãos podem ser investigados e isso não acolhe nada em termos de qualquer culpabilidade, o senhor secretário de Estado não foi arguido, não foi acusado e, portanto, dá-me todas as condições”, afirmou António Costa Silva.

“Conheço o senhor secretário de Estado do Mar há já algum tempo, é uma pessoa que é extremamente dedicada à causa pública, tem uma vida dedicada à causa pública que explica por si só o seu empenho”, prosseguiu o governante, que lamentou a cultura de suspeição generalizada. “Fico muito triste com um país que cultiva, que tem esta cultura da suspeição generalizada, sobre tudo e sobre todos”, enfatizou o ministro da Economia e do Mar.

O governante sublinhou que é preciso “defender a decência”, salientando que não há qualquer acusação, existe uma investigação, pelo que é preciso aguardar. “Temos os nossos órgãos judiciais que funcionam, temos um Estado de Direito, e quando as pessoas cometem crimes ou prevaricam são sancionadas”, apontou António Costa Silva.

O secretário de estado do Mar “tem uma carreira que fala por si, está acima de qualquer dessas suspeitas, é investigado, reinvestigado, nunca foi acusado, e nós não vamos aqui inverter o ónus da prova, as pessoas só são culpadas quando são condenadas em tribunal”, sublinhou.

“Tenho uma crença muito grande no Estado de Direito”, rematou sobre o tema.

António Costa Silva também foi questionado sobre as razões de saída dos secretários de Estado do Turismo e da Economia do seu ministério no final do ano passado, e se há estabilidade.

“Já tenho uma experiência de vida longa, sou um homem sereno e tranquilo, sempre focado nos objetivos”, começou por responder, assegurando que a equipa do ministério é “coesa, estável”.

Aliás, “como todas as equipas pode ter alterações, o que importa é o programa, a política, a vontade e a dedicação e isso, no nosso caso, não falha”, asseverou o governante.