Prejuízos do temporal aumentam para 11,5 milhões de euros Caminha
Os prejuízos causados pela tempestade do primeiro dia do ano no concelho de Caminha subiram para mais de 11,5 milhões de euros, valor sem IVA, após uma estimativa inicial que previa 8,5 milhões de euros.
“O balanço, ao dia de hoje, dos prejuízos causados pela tempestade que se abateu sobre o concelho de Caminha, no primeiro dia do ano, ascende já a mais de 11,5 milhões de euros (valor sem IVA), entre danos em equipamentos e infraestruturas municipais e particulares e empresas”, refere a autarquia do distrito de Viana do Castelo.
Em comunicado enviado às redações, o município refere que o valor inicial apresentado há cerca de uma semana era provisório, tal como “o valor agora contabilizado também não tem ainda caráter definitivo”.
Hoje, na reunião ordinária da autarquia, o presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, informou o executivo municipal sobre “o balanço de prejuízos decorrentes do mau tempo, atualizando os valores já tornados públicos para os 11.510.112,23 euros, sendo que 1.946.041,23 euros dizem respeito a particulares e empresas”.
“O novo balanço, que agrava as perdas em cerca de três milhões de euros, já foi comunicado à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho”, informou ainda o autarca socialista, citado na nota.
Rui Lages “explicou também que a câmara aguarda a publicação em Diário da República (DR) da resolução aprovada em Conselho de Ministros, que aprova medidas de apoio em consequência dos danos causados pelo mau tempo”.
Segundo o Governo, aquela resolução visa “a identificação das medidas de emergência destinadas a reparar os danos causados nas atividades económicas, habitações, equipamentos e infraestruturas e linhas de água, procurando assegurar as condições básicas para a reposição da normalidade da vida das populações e das empresas, sem prejuízo de a decisão dos apoios a conceder ter necessariamente como base a avaliação rigorosa e documentada dos danos, bem como o acionamento de contratos de seguro existentes”.
“Nessa altura será possível equacionar e operacionalizar as respostas. No entanto, o apuramento de danos, ainda não está fechado e a câmara continua a disponibilizar para o efeito, no sítio oficial do município na Internet, na área de “Avisos”, formulários onde particulares e empresas deverão descrever o seu caso, preenchendo o documento respetivo”, especifica a autarquia.
No distrito de Viana do Castelo, e segundo o levantamento feito pela CIM do Alto Minho e enviado, na semana passada, para o Ministério da Coesão Territorial, o mau tempo do primeiro dia de 2023 causou prejuízos de quase 20 milhões de euros.
Naquele levantamento, Caminha lidera a lista dos municípios com mais prejuízos, avaliados em 8,5 milhões de euros.
Segue-se Valença, com 3,8 milhões de euros, valor que não integra a recuperação de parte da muralha que desabou, intervenção estimada em dois milhões de euros, Ponte da Barca, que somou danos no valor de 1,9 milhões de euros, Viana do Castelo, com 1,8 milhões de euros, e Vila Nova de Cerveira, com 1,5 milhões de euros. Melgaço estima em 108 mil euros os prejuízos.