CMAR vai estar operacional em agosto de 2023

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O mar português vai beneficiar de um novo Centro de Controlo do Mar (CMAR) capaz de responder aos desafios da Política Marítima Integrada. O secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, assinalou o arranque deste importante projeto da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), com um investimento de 3,4 M€, dos quais 2,5 M€ financiados pelo MAR 2020

Em agosto de 2023, o CMAR deverá estar completamente operacional, permitindo integrar no mesmo espaço, os serviços do Centro de Controlo do Tráfego Marítimo e do Centro de Monitorização das Pescas, bem como novas valências de controlo e vigilância. O CMAR, localizado em Lisboa, será um grande centro de controlo para responder de forma integrada aos desafios associados ao mar português, designadamente no âmbito das responsabilidades de Estado costeiro, em termos de vigilância e monitorização da navegação, bem como, no apoio a toda frota de bandeira portuguesa.

Entre os objectivos do CMAR, estão “a melhoria do nível de serviço aos navios, a segurança, proteção e vigilância marítima, incluindo a monitorização e controlo sobre as Áreas Marinhas Protegidas e a prevenção da poluição”. Por outro lado, serão otimizados os custos de funcionamento, através da partilha das infraestruturas físicas e tecnológicas e da criação de sinergias entre as equipas de operação.

Pelo controlo de tráfego marítimo na costa portuguesa passam mais de 80 000 navios de grande porte por ano, muitos deles com mercadorias perigosas. Nos portos nacionais são realizadas mais de 15 000 escalas de navios de grande porte. Portugal tem várias obrigações perante a Organização Marítima Internacional e perante a Agência Europeia de Segurança Marítima, como por exemplo, assegurar uma navegação segura e evitar acidentes.

O CMAR vai acompanhar os movimentos dos navios e garantir a segurança da navegação em áreas limitadas ou com restrições à navegação, designadamente, organizando o tráfego através de esquemas de separação de tráfego, e de áreas a evitar, reduzindo-se o risco de acidente e mitigando os eventuais danos deles resultantes.