Jovens craques alto-minhotos qualificam  Selecção Nacional para o Europeu de Sub-19 

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Com um trio de craques do Alto Minho (o limianoAndré Gomes, o arcuense Gonçalo Esteves e o vianense Rodrigo Ribeiro) em acção, Portugal apurou-se para o Campeonato da Europa sub-19, ao vencer por 3-0 a Chéquia, na segunda jornada do Grupo 4 da Ronda de Elite, no jogo disputado em Barcelos.

A fase final do Campeonato da Europa sub-19 está marcada para o período entre 3 e 16 de julho, em Malta.A equipa lusa, recorde-se, ainda vai defrontar, na Ronda de Elite, a seleção croata. O jogo está marcado para terça-feira, 28 de março, novamente em Barcelos. 

Por comparação com a primeira partida, frente à Suécia, o selecionador nacional promoveu algumas alterações. Desde logo, na frente de ataque, onde Hugo Félix fez companhia a Borges e a Chermiti, por troca com Diego Moreira. No miolo, Sá rendeu Mateus e na linha defensiva apareceu Martim Marques na posição antes ocupada por David Monteiro.

E não podia entrar melhor a equipa comandada por Joaquim Milheiro, que se adiantou no marcador à entrada do quinto minuto, graças a uma cabeçada certeira do central Gabriel Brás, que acorreu a um canto marcado na direita do ataque por João Neves.

Vantagem que podia ter sido aumentada quando, aos 14 minutos, um cruzamento de Carlos Borges fez a bola passar a poucos milímetros da ponta da chuteira de Chermiti, muito mais rápido que os centrais que o cobriam. Ou aos 21 minutos, quando Hugo Félix entrou na área, tirou um adversário da frente e rematou um pouco ao lado do alvo.

A resposta checa materializou-se apenas aos 24 minutos, numa investida rápida de Smiga, que Gonçalo Esteves travou, com um corte arriscado, desviando para canto.

Já sob o apito para intervalo, foi a vez de brilhar André Gomes. O guardião luso fez uma grande defesa, evitando um golo de cabeça a Kricfalusi, na sequência de um canto.

O segundo golo português apareceu pouco depois do reatar da partida, aos 49 minutos, após falhanço de um defesa checo, com Chermiti a servir Hugo Félix de calcanhar e este, depois de um primeiro remate que rechaçou no guardião Dvorak, a aproveitar a sobra para encaminhar a bola para o fundo da baliza. O avançado luso, refira-se, estava já com a braçadeira de capitão, pois Milheiro entendeu trocar João Neves por Samuel Justo ao intervalo.

Aos 54, Sá rematou à barra e três minutos depois Milheiro volta a mexer na equipa: saem Sá, Borges e Chermiti; entram Mateus, Rodrigo Ribeiro e Diego Moreira. A equipa manteve os checos sob pressão e sempre próxima da área contrária. A um quarto de hora do final, nova oportunidade para Hugo Félix, de livre direto, mas Dvorak correspondeu com uma grande defesa.

Porém, o avançado estava de “pé quente” e disparou para o terceiro golo, aos 81 minutos, com um remate frontal à entrada da área e sem hipótese para o guardião. A equipa das Quinas ainda dispôs de mais um par de boas oportunidades, mas o resultado manteve-se em 3-0 até ao fim.

PORTUGAL 3-0 CHÉQUIA 

Árbitro: Robert Jones (ING).
Árbitros assistentes: Wade Smith (ING) e Oleksandr Berkut (UCR).
4.º árbitro: Oleksii Derevinskyi (UCR).

Portugal: André Gomes (GR), Gonçalo Esteves, Gabriel Brás, João Muniz, Martim Marques, João Neves (Samuel Justo, 46’), Dário Essugo, Sá (Mateus, 57), Carlos Borges (Diego Moreira, 57), Youssef Chermiti (Rodrigo Ribeiro, 57) e Hugo Félix (Nuno Félix, 88’).
Suplentes não utilizados: Diogo Pinto (GR), António Ribeiro, Samuel Justo, David Monteiro, Afonso Moreira.
Golos: Gabriel Brás (5’) e Hugo Félix (49’ e 81’).
Disciplina: cartão amarelo a Sá (41’).
Treinador: Joaquim Milheiro.
Chéquia: Dvorak (GR), Krejci, Kricfalusi, Coudek, Kubr (Cahel, 75’), Sin (Sloncik, 62’), Samek, Ambros, Masek (Beran, 69), Smiga (Vachousek, 69’) e Spatenka.
Suplentes não utilizados: Hruby (GR), Kukucka, Grygar e Gaszczyc.
Treinador: Radek Bejbl.

Declarações do selecionador Joaquim Milheiro, após a qualificação do combinado Sub-19 para o Europeu 2023, graças à vitória sobre a Chéquia, em jogo da Ronda de Elite, hoje disputado em Barcelos.

Estava à espera de adversário forte, mas conseguiu bom resultado. Com conseguir transmitir à equipa a segurança que se viu em campo?

“Isto vem de cultura de desenvolvimento de uma forma de jogar e relacionado com contexto de treino que criámos para eles interpretarem o jogo. Quando tens jogadores comprometidos e inteligentes, tudo se torna mais fácil e eles conseguiram ter essa concentração e o mérito de condicionar o adversário”.

Qual a sensação de regressar ao Europeu Sub-19?

“Essas vitórias do passado são grande estímulo para o futuro. Ao longo destes anos, a FPF conseguiu criar uma cultura de vitória que cria contextos, relações para que depois conseguimos ter estes resultados. Como consequência, estamos em primeiro no ranking e queremos assumir essa liderança. Como me sinto? Extremamente feliz. Os jogadores são os grandes responsáveis pela qualificação, que se iniciou em novembro de 2018, quando nos começámos a preparar”.

Liderança no ranking.

“Mais responsabilidade e um grande estímulo e temos de catapultar esse posicionamento e transformá-lo em energia, capacidade e confiança, num contexto de pressão sadia que faz os jogadores crescer. Conseguimos uma grande intensidade, a roçar a perfeição, mas os jogadores têm na cabeça que estamos na metade do nosso percurso, na metade do sonho. Queremos mais e queremos fazer história”.

Título europeu?

“A seu tempo vamos refletir sobre isso. Vamos passo a passo para sermos competentes. Agora, é desfrutar e recuperar para terça-feira e fazer um jogo de qualidade [frente à Croácia]”.