Quem gosta de futebol e da região mas não lê o “Alto Minho” é burro!
Fernando Pereira # Opinião
A edição desta semana do jornal “Alto Minho” oferece aos leitores uma entrevista fantástica com João Carlos Costa, provavelmente o alto-minhoto com mais sucesso na sua categoria profissional. Os méritos e as histórias do treinador valenciano são relatados com um brilhantismo jornalístico raro em Portugal e que, nesta região, apenas se lê neste jornal! Obrigado, Idalina! O Alto Minho – o jornal e a região – jamais te pagarão o valor justo da tua competência jornalística. É uma entrevista tão completa, no plano desportivo e sócio-cultural, que até pode ser lida por quem apenas gosta de folhetins e novelas, já que o entrevistado não fugiu a falar de Cristiano Ronaldo, Eder, Susana Torres e lampreias… Pessoalmente, registo o lamento de João Carlos Costa nunca ter sido abordado por algum clube do distrito. Como é óbvio, quem é tão bem sucedido nesta profissão e responde abertamente a todas as perguntas nunca poderá treinar equipas do Alto Minho! Essas estão reservadas para homens amuados, sempre muito “profissionais”, imbuídos do “espírito de balneário” e, cobardemente, submissos à censura dos “senhores presidentes”. Esta última submissão estende-se a tanta gente que se cala perante os “donos disto tudo”, como alguns presidentes de Câmara.
Todas as semanas, a Idalina, a Elsa, o Filipe, o Carlos, o Rui, o Ricardo, o Duarte e a Ana (e tantos outros ao longo destes 28 anos) produzem um JORNAL, que alguns desses “presidentes” e o seu exército de bajuladores dependentes tanto criticam e tentam denegrir. Mesmo quando aceitamos todas as críticas e reparos, somos desprezados e humilhados, confundidos deliberadamente com trafulhas do papel e preferidos à pirataria e mediocridade digital. Nesta edição, quem gosta da região, além da entrevista com João Carlos Costa, também pode ler outras reportagens sem paralelo na imprensa nacional (peço desculpa pela soberba) como o encontro com os três craques alto-minhotos da selecção nacional de sub-19, a entrevista a Francisco Tobias, as preocupações dos criadores dos “Bois da Páscoa” em Arcos de Valdevez, a história empolgante de um sócio do Vianense, os testemunhos dos participantes no corta-mato distrital, a fome de lampreia e a da promoção do Dia da Árvore e do amor pela floresta. Não venham pedir borlas ou descontos. Nós sabemos bem quem precisa delas e nunca viramos as costas a quem quer ler e não pode comprar. Os restantes podem pagar. A não ser que sejam mesmo burros, porque os “totós” somos nós que – como dizia um dos sócios-fundadores deste jornal – andamos a dar “pérolas a porcos”. Há 28 anos!