Jornadas de Reumatologia do Minho alertam para impacto socio-económico das doenças reumáticas
O Serviço de Reumatologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), em conjunto com o Serviço de Reumatologia do Hospital de Braga, está a promover, pela primeira vez, uma jornada conjunta dedicada à reumatologia. As Jornadas de Reumatologia do Minho começaram esta quinta-feira no centro pastoral Paulo VI, em Darque, no concelho de Viana do Castelo, e decorrem até amanhã ao início da tarde.
Dezenas de profissionais de saúde estão a participar no evento pensado para reflectir sobre as doenças reumáticas. “Estas jornadas já decorreram no passado na ULSAM, mas estiveram interrompidas há algum tempo. Agora, achamos importante reactivar esta iniciativa e expandi-la para o Hospital de Braga, uma vez que partilhamos uma área de referenciação comum e muitos dos doentes são comuns”, referiu José Costa, reumatologista na ULSAM e elemento da comissão organizadora das jornadas, dando nota de que “grande parte dos médicos que compõem o serviço de reumatologia de Braga foram formados no hospital de Ponte de Lima”, onde a ULSAM tem esse serviço. “Fazia todo o sentido juntar os dois serviços nestas jornadas com o objectivo de divulgar a reumatologia como especialidade médica no Minho”, frisou o reumatologista, indicando que se trata de um evento “muito orientado para os cuidados de saúde primários”. “Os médicos de família são a maioria dos participantes”, reiterou. “As doenças reumáticas são altamente prevalentes na população em geral, mas nem todas necessitam de cuidados hospitalares, daí que precisemos de envolver os médicos de família para podermos prestar estes cuidados aos seus doentes. São doenças que podem ter um impacto socio-económico e do ponto de vista pessoal muito grande”, justificou.
A patologia osteoarticular degenerativa, osteoartrose, osteoporose, doenças micro-cristalinas, a eficácia dos fármacos e a conjugação de diferentes terapias são alguns dos assuntos abordados nestas jornadas. “No final, vamos ter uma discussão, que pretendemos que seja animada, onde pretendemos abordar algumas temáticas difíceis, em que é necessária uma colaboração estreita entre médicos de família e médicos reumatologistas”, desvendou.
O Serviço de Reumatologia da ULSAM é composto por sete especialistas e cinco médicos internos. “Para a população que abrangemos, é um serviço adequado, mas gostaríamos de expandir este apoio à população para outras zonas do país, onde não existe”, concluiu José Costa.