Esposende lança laboratório “com visão de futuro”

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O Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) contou com a presença das ministras da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e do presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, na cerimónia do lançamento da primeira pedra do Laboratório de Investigação e Sustentabilidade Alimentar (LISA), que vai ser construído em frente à Cooperativa Agrícola da cidade da foz do Cávado.

Na ocasião, a presidente do IPCA, Maria José Fernandes, reforçou o pedido de apoio que o autarca de Esposende dirigiu aos ministros presentes para que “a construção deste equipamento possa obter financiamento, nomeadamente através de verbas de fundos europeus, pois é um grande esforço para o Município, que tem um elevado nível de desenvolvimento sustentável e sempre com uma grande preocupação com o equilíbrio financeiro, que é e continuará a fazer parte do lote dos municípios com excelente desempenho financeiro no estudo que anualmente é realizado pelo Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses”.

Este projeto é do tempo do professor João Carvalho na Presidência do IPCA e, sabemos que ter o ensino superior público em Esposende era um sonho e um desafio do arquiteto Benjamim Pereira. Por isso, agradeço-lhe publicamente este seu compromisso e envolvimento em ter uma instituição de ensino superior público no seu concelho, pela importância que o ensino superior e a investigação têm para o território, para as populações e para as empresas e, acima de tudo, para fixar e agregar conhecimento, cultura, inovação e emprego, sendo, assim, o desejo dos autarcas com visão de futuro. Acreditamos que está contente com esta iniciativa, tal como o presidente João Carvalho estaria, se estivesse entre nós!”, proclamou Maria José Fernandes, aproveitando para deixar outro apelo:

“A nossa comunidade académica, os futuros estudantes e todos os que utilizarão e usufruirão deste espaço de ensino superior, de investigação e inovação, não podem continuar a ter os obstáculos que hoje enfrentam em termos de mobilidade. Sabemos que estão a ser feitos esforços no sentido de articular os passes entre as comunidades intermunicipais, mas é imperioso que sejam concretizados de modo a que nenhum estudante fique impedido de estudar por causa dos custos associados ao transporte.“

Segundo a ministra da Coesão Territorial, o projeto só foi possível “porque o município se substituiu ao Estado”, também através de um “um protcolo de cooperação com o Instituto Politécnico do Cávado e Ave”. “Trata-se de um investimento, se nós considerarmos compra de terrenos, o edifício, equipamentos, de cerca de cinco milhões de euros, que representa um enorme esforço financeiro por parte do município”, disse Ana Abrunhosa.

A ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato, pediu atenção “ao contexto sociodemográfico” onde se inserem as instituições, referindo, mais à frente, que “as dinâmicas demográficas podem constituir uma alavanca para repensar o modo como as instituições pensam a sua oferta formativa, formulam as suas políticas de investigação, concebem os modos de relacionamento com a comunidade, ou estruturam as suas estratégias de internacionalização”.

Já o presidente da câmara de Esposende, Benjamim Pereira (PSD), considerou o dia “histórico” para o município, relembrando que “não foi fácil” o caminho, relembrando o “concurso deserto” para a construção do polo e impugnações ao resultado do mesmo.

“Não foi fácil nem é fácil ter de iniciar as aulas em instalações provisórias, com custos elevadíssimos de adaptação do espaço face às especificidades dos cursos em questão, custos que ainda se mantêm”, apontou o autarca.