“Temos de continuar a ser revolucionários”

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O Município de Monção comemorou a passagem do 49º aniversário da “Revolução dos Cravos” com um programa focado no fortalecimento da democracia e tolerância, no reforço da oferta cultural local e na transmissão do significado desta data às gerações atuais e futuras.

Após saudação da Banda Musical de Monção e cerimónia do hastear da bandeira, no Largo do Loreto, com guarda de honra da AHBVM e a presença de jovens escuteiros do agrupamento monçanense, realizou-se a sessão solene, no Cine Teatro João Verde, com os discursos oficiais alusivos ao 25 de abril.

A abrir a cerimónia, falou o presidente da Assembleia Municipal de Monção, Armando Fontainhas, tendo os partidos com presença municipal sido representados por Sandra Vieites (PS) e Catarina Paiva (PSD). A fechar, interveio o presidente da Câmara Municipal de Monção, António Barbosa.

Os discursos incidiram no papel do 25 de abril enquanto garante da liberdade e democracia, bem como na necessidade em não “desviarmos o olhar” dos valores conquistados, de forma a contrariarmos os perigos (económicos, sociais e tecnológicos …) que ameaçam o mundo atual. Pelas 15h00, teve lugar a inauguração do mural “Deus o Deu – Deus o Há Dado”, na Rua 5 de Outubro. Da autoria do artista monçanense, Tó Lira, o painel foi executado com recurso à técnica tencandris. Ao nosso olhar, surge-nos um trabalho minucioso e magnifico, onde a heroína local “enche” o mural, deixando ao exército inimigo o “vazio” da derrota.

Uma hora depois, com entrada gratuita, o Cine Teatro João Verde foi palco do espetáculo musical “De não saber o que me espera”. Os artistas Dario Rocha (guitarra e voz), Marlene Rodrigues (voz), José Paulo Ribeira (Teclados), José Miguel Marques (bateria) e Alexandre Pereira (baixo), subiram ao palco para homenagear Zeca Afonso.

“Para defendermos e valorizarmos a importância do 25 de abril de 1974 no 25 de abril de 2023, temos de continuar a ser revolucionários. Temos de olhar para o presente e futuro com esperança, confiança, coragem e ambição. Temos de apresentar ideias, concretizar projetos, enfrentar desafios e partilhar vontades”, António Barbosa.