“O Castelo de Faria na Idade Média” mobilizou 400 alunos
No âmbito das comemorações dos “650 anos do Feito dos Alcaides de Faria”, decorreu, em Barcelos, o grande desfile “O Castelo de Faria na Idade Média”, com a participação de cerca de 400 alunos e professores dos Agrupamentos das Escolas Rosa Ramalho e Alcaides de Faria. Nos Paços do Concelho, foram entregues diplomas aos alunos do 2º Ciclo das escolas básicas de Fragoso, Rosa Ramalho e Gonçalo Nunes, que participaram no projeto “Um documento – Uma história” com trabalhos elaborados sobre um documento do Arquivo Histórico, relativos ao Feito dos Alcaides de Faria. Além dos diplomas, às escolas que apresentaram os três melhores trabalhos vai ser oferecido um Kit de livros e um cheque-prenda de material escolar, no valor de 150 euros. As iniciativas desenvolvidas hoje fazem parte do programa promovido pelo Município de Barcelos para assinalar os “650 anos do Feito dos Alcaides de Faria” e que tem já, no próximo sábado, a respetiva Sessão Solene nos Paços do Concelho, que reunirá, entre outros, a Comissão de Honra e a Comissão Executiva. O dia culmina com a visita encenada, nas ruínas do Castelo de Faria, pelas 17h30.
Mais tarde, de 6 a 8 de outubro, ao longo desses dias, também no Castelo de Faria, vão realizar-se diversas oficinas alusivas à época, e haverá recriações e animação temáticas. De 26 a 28 de outubro, avançará o Seminário “os Alcaides de Faria na génese do concelho de Barcelos”, dedicado a dois públicos distintos, em dois palcos diferentes: no edifício dos Paços do Concelho, uma sessão mais vocacionada para investigadores e outros públicos interessados, e uma sessão mais vocacionada para estudantes, na escola Alcaides de Faria. O Feito dos Alcaides de Faria é dos acontecimentos da Idade Média mais celebrados pela historiografia portuguesa, relatado na Crónica de D. Fernando, de Fernão Lopes, e recuperada nas Lendas e Narrativas, de Alexandre Herculano: a morte do alcaide Nuno Gonçalves e a resistência de seu filho Gonçalo Nunes ao cerco castelhano ao Castelo de Faria, em fevereiro de 1373, é entendido como um exemplo de heroísmo, de abnegação e de conduta honrosa. As Ruínas do Castelo de Faria e a Estação Arqueológica subjacente, situadas nas freguesias de Gilmonde e Milhazes, foram classificadas como Monumento Nacional em 1956, e constituem uma das estações arqueológicas com maior projeção do Noroeste de Portugal, pela sua dimensão, significado histórico e diversidade arqueológica. A estação arqueológica compreende uma área de 38.513 m². O monumento é um conjunto notável de vestígios que datam desde a Pré-história até à Baixa Idade Média, passando pela Idade do Ferro, pela Romanização, e pelo período Altimedieval, implantados no outeiro noroeste do Monte da Franqueira.