“Cortar o trânsito no centro histórico de Caminha não favorece o comércio”
Mais de meia centena de comerciantes querem que a Câmara de Caminha revogue o corte de trânsito em duas artérias no centro histórico, previsto até 3 de setembro, defendendo que o mesmo “não favorece o comércio local”.
No abaixo-assinado, subscrito por 79 pessoas, os comerciantes apelam ao presidente da Câmara Municipal de Caminha para que o corte de trânsito e estacionamento na Rua de São João e Praça Conselheiro Silva Torres, entre a entrada para o parque de estacionamento do tribunal e a Rua Visconde Sousa Rego, “seja de imediato” revogado.
Em causa está a proibição de trânsito e estacionamento em duas artérias situadas no centro histórico de Caminha aos fins de semana, nomeadamente, entre as 22:00 de sexta-feira e as 22:00 de domingo, de 23 de junho a 03 de setembro. Os comerciantes pedem que a decisão “apenas seja aplicada em ocasiões excecionais a justificar pelo município”, sem menosprezar o interesse da atividade comercial e dos moradores.
No documento, os comerciantes afirmam que não foram ouvidos ou avisados sobre esta interdição, que, defendem, “não favorece o comércio local nem aumenta a circulação pedonal nestas artérias”. “Como ficou confirmado no passado fim de semana de 23 a 25 de junho, com a diminuição imediata da afluência de pessoas e consequentemente diminuição da faturação dos estabelecimentos”, adiantam.
Para os comerciantes, esta decisão causará prejuízos “mais significativos e com maior impacto”, tendo em conta os meses em que decorre. “As perdas da falta de negócio provocadas pelo pouco movimento obrigarão a cortes nos horários de funcionamento dos estabelecimentos e ao despedimento de funcionários, contribuindo também para a desertificação destas artérias à semelhança do que já acontece noutras ruas do concelho”, consideram, acrescentando que a situação levará ao “encerramento de várias lojas”.
“A restrição ao trânsito e a consequente perda de movimento causa avultados prejuízos financeiros aos nossos negócios que também se alavancam com o movimento dos fins de semana e diminui a possibilidade de captar novos negócios ou investimentos tão necessários à dinamização do centro histórico”, sustentam.