“Gaviões” também “rebocaram” em Cerveira

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A GNR de Vila Real deteve três suspeitos do crime de furto de reboques de veículos pesados de mercadorias na região Norte e de apropriação ilícita de material num valor estimado de 240 mil euros. Os suspeitos são duas mulheres e um homem, têm idades compreendidas entre os 50 e os 68 anos e foram detidos na terça-feira, nos concelhos de Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, no âmbito da operação “Gavião 173”.

O Comando Territorial de Vila Real disse, em comunicado, que no decurso de uma investigação pelo crime de furto, foi possível apurar que “os suspeitos se dedicavam ao furto de reboques de veículos pesados de mercadorias de empresas de logística, apropriando-se de forma ilícita de diversos produtos com destino ao mercado europeu, com valor estimado em 240 mil euros”.

A investigação teve início há cerca de um ano após um furto de um reboque ocorrido na área de intervenção da GNR de Vila Real e foi desenvolvida pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC). A guarda referiu que, durante a operação policial, foi dado cumprimento a três mandados de detenção, seis mandados de busca domiciliária e 12 mandados de busca não domiciliária, nomeadamente, seis em armazéns e seis em viaturas, nas localidades de Esmoriz, Vila Nova de Cerveira, Castelo da Maia, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Trofa, Vila Nova de Gaia, Nogueira da Maia, Ribeirão e Lousado.

Após as buscas, foram apreendidos cerca de 15.000 pacotes de massa de um lote furtado, duas armas de fogo, 21 munições, uma viatura furtada, que ostentava matrículas falsas, um diamante e diversas safiras com peso estimado em 37,4 gramas, três computadores portáteis, dois tablets, 11 telemóveis e 16 maços de tabaco.

Os detidos foram constituídos arguidos e foram presentes na quarta-feira, no Tribunal Judicial de Vila Real, um procedimento que vai continuar durante o dia de hoje para aplicação de eventuais medidas de coação.

A operação “Gavião 173” contou com o reforço da Unidade de Intervenção, do Comando Territorial de Viana do Castelo, do Comando Territorial de Aveiro, do Comando Territorial de Braga e do Comando Territorial do Porto, num total de 116 militares. Segundo a GNR de Vila Real, a investigação desenvolveu-se em articulação com a Polícia Judiciária do Porto, que se encontrava a investigar os mesmos indivíduos por outro tipo de crime.