“Pertinho” da Senhora da Boa Morte

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A arquitecta Beatriz Rocha é a autora do cartaz da Romaria da Senhora da Boa Morte e Senhor do Socorro, que decorre no próximo fim-de-semana na freguesia da Correlhã, em Ponte de Lima. Trata-se de uma ilustração “colorida”, que pretende “representar a alegria e energia” que se vive numa das mais concorridas festas da região. 

Esta foi a segunda vez que a jovem, natural da Correlhã, assinou a ilustração para o cartaz da Romaria da Senhora da Boa Morte, optando, em termos gráficos, por incluir elementos directamente ligados a esta festa. “É sempre algo que traz algum trabalho e exige alguma dedicação, mas é sempre um orgulho poder fazer o cartaz”, declarou, explicando que, desde o início, pretendia que o cartaz fosse “muito colorido”. “Que através da cor representasse a alegria e a energia desta festa da Correlhã, que só por ela já é muito colorida”, salientou. 

João Torres, juiz da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte, mostrou-se muito agradado com o trabalho da jovem arquitecta. “É uma excelente ilustração que representa uma das mais concorridas romarias do concelho de Ponte de Lima”, salientou,  mostrando-se igualmente agradado com o programa organizado para os três dias da romaria, que decorre de 28 a 30 de julho. “Conscientes da árdua tarefa que é a preservação e manutenção que este valioso património merece, não obstante os compromissos assumidos, estamos empenhados, com a colaboração de todos, em organizar a nossa festa, que desejamos ser de todos e para todos”, vincou.

José Correia Vilar, pároco da freguesia e presidente da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e Senhor do Socorro, destacou a “fidelidade” dos que têm assumido funções na organização da festa e na manutenção do Parque da Boa Morte. “O santuário não nasceu este ano, nem há cinco, dez ou 50 anos. Tem mais de 300 anos de história e apelo a esta fidelidade, quer nas novas iniciativas que têm sido levadas a cabo, quer ao que é realizado no exterior e interior no santuário”, salientou, pedindo “uma certa perenidade no que se vai realizando”, um trabalho de “continuidade” em relação a equipa anterior e “inovação”. “Que deve exigir esforço das pessoas, concentração, análise do que é mais urgente realizar e a confraria não se fechar em si, mas lançar os braços para o que podem ser os apoios sociais, políticos, económicos, entre outros, no sentido de darem apoio àquilo que não é apenas uma actividade eclesial, mas também cultural que ultrapassa a dimensão religiosa”, apelou. 

No mesmo dia da apresentação do cartaz, foi também apresentado o já habitual livro “Correlhã em festa” com o programa detalhado da romaria, os patrocinadores e com trabalhos de vários colaboradores, que abordam diferentes temas relacionados com esta romaria, numa publicação coordenada por Amândio de Sousa Vieira e Manuel Alves. “Já são muitos anos pertinho da Senhora da Boa Morte, mas o meu comportamento em relação à freguesia da Correlhã é retribuir os afectos que me tem dado”, declarou, mostrando-se “muito feliz” com o cartaz apresentado. “Exprime bem a natureza desta romaria, que é tão alegre e se repararmos bem, nas fotografias que vão aparecendo toda agente está a sorrir. É um momento de confraternização tão importante e bonito que só me tenho que sentir orgulhoso e muito grato por me terem acolhido”, declarou.

Vasco Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, elogiou a confraria por, mais uma vez, apostar numa correlhanense para desenhar o cartaz. “É um princípio que deve ser mantido, mesmo que se repita não deixa, de certa forma, de ser um estímulo para que esta festa possa continuar a ser promovida por habitantes desta freguesia”, sustentou, destacando o facto da confraria ter integrado sempre “gente muito interessada pela Boa Morte”. “Fazem-no com um gosto enorme porque, efectivamente, a Correlhã é uma freguesia diferente. dentro do panorama do concelho será uma das que mais gosto tem em fazer e saber fazer. Isso nota-se na alegria e boa disposição das pessoas que participam na organização e na manutenção deste espaço ao longo dos anos, mas, acima de tudo, manifesta-se na participação popular na romaria”, declarou.