João Ribeiro:  “Temos de ser uma máquina perfeita  para conquistar o título olímpico” 

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Foi em Gemeses, Esposende, que deu as primeiras pagaiadas. Haveria de se tornar campeão do mundo e de repetir o feito em agosto passado. Mas pelo meio, o canoísta João Ribeiro foi conquistando outras “medalhas de ouro”: a esposa e a filha. De atleta que começou a praticar canoagem por brincadeira, João Ribeiro é hoje uma referência nacional da modalidade e não tem dúvidas de que “ganhar por um décimo de segundo não é sorte, é fruto de muito trabalho e sacrifício pessoal”.

Corria o ano de 2001. Um grupo de amigos desafiou-o para experimentar a canoagem. “Inicialmente era para ir só no verão, como uma brincadeira de miúdos”, contou o velocista de 34 anos, natural de Palmeira de Faro, em Esposende. A mãe, que agora o apoia incondicionalmente, na altura não achou grande graça à ideia. “Na altura havia uns mitos sobre o rio na zona do lago em que as pessoas se afogavam e isso dava-lhe medo e demorou um bocadinho a convencê-la”, justificou o atleta que passou a integrar o Grupo Cultural e Recreativo de Gemeses, numa altura em que estava dividido entre a canoagem e o futebol. “Só praticava canoagem no verão, no Inverno tinha frio e preferia jogar futebol”, confessou, com um sorriso, João Ribeiro, ao recordar a infância.

Tinha na altura 12 anos e não imaginava que a canoagem se iria tornar um caso sério na sua vida. “Fui um aluno razoável, acabei o 12º ano e não entrei na universidade porque não conseguia compatibilizar com a exigência de ser atleta profissional”, justificou o canoista que, apesar de algumas rebeldias típicas da adolescência, orgulha-se de nunca ter levado “muitos puxões de orelhas”.

Leia a entrevista de Miguel Lopes Rodrigues na edição desta semana do “Alto Minho”