“Quinta e escola Ciência Viva serão marcantes para Arcos de Valdevez”

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Arcos de Valdevez vai ter uma Quinta e uma Escola Ciência Viva. O anúncio dos dois novos projectos foi feito por Rosalia Vargas, responsável pelo Pavilhão do Conhecimento e presidente da Ciência Viva, que foi diretora das Oficinas de Criatividade Himalaya – Centro Ciência Viva de Arcos de Valdevez durante três dias, uma iniciativa no âmbito do projeto “Hoje Quem Manda Sou Eu”, que permite trocar de diretores nos 21 centros do país. 

A Quinta Ciência Viva vai funcionar na antiga Quinta de Centro de Formação Profissional na freguesia de Monte Redondo. O espaço vai dedicar-se à produção e investigação de plantas aromáticas e medicinais e também vai receber exposições e visitas da comunidade. “É um espaço que, tendo uma tradição e uma raiz cultural em Arcos de Valdevez, vai abrir-se  para  projetos empreendedores que podem chamar os mais novos para a agricultura. Será trabalhado numa perspetiva de desenvolvimento sustentável e produtivo para contribuir para a economia desta região”, explicou Rosalia Vargas na reunião descentralizada do executivo municipal arcuense, que decorreu nas instalações das Oficinas de Criatividade Himalaya – Centro Ciência Viva, ressalvando que uma das áreas de trabalho do padre Himalaya foram precisamente as plantas aromáticas e medicinais. 

Já a Escola Ciência Viva permitirá que os alunos do primeiro ciclo em Arcos de Valdevez tenham aulas, durante uma semana, nas Oficinas de Criatividade do Himalaya. “Vai ser uma semana inteirinha de experiências científicas e de atividades. Este projeto irá despertar a curiosidade dos mais novos e os professores vão perceber melhor a importância da aprendizagem fora da sala de aula”, vincou Rosalia Vargas, considerando que o projeto “Hoje quem manda sou eu” proporciona parcerias e “novos olhares” sobre o funcionamento dos Centros de Ciência Viva. No caso, a presidente do Ciência Viva apontou a necessidade do espaço de Arcos de Valdevez dinamizar ainda mais a sua loja e a importância de “tirar partido” das temáticas da energia e da botânica, muito ligadas ao padre Himalaya, através da organização de palestras e oficinas. 

Na sua passagem por Arcos de Valdevez, Rosalia Vargas organizou palestras e oficinas sobre solos, plantas, ambiente, energias renováveis e maçãs. “Nesta palestra tivemos como orador Raul Gonçalves, que tem um levantamento de mais de 100 espécies de maçãs só no Minho. Isto é valorizar  os produtos locais e o conhecimento. É olhar para o que temos localmente e relacioná-lo com a ciência”, considerou Rosalia Vargas, afirmando que tem tido um retorno muito positivo de investigadores que já passaram pelo centro de Arcos de Valdevez. “Este Centro está muito bem e recomenda-se. Porém, é preciso aumentar a sua equipa. Fazem muito com pouco”, elogiou, mostrando-se satisfeita com a realização da reunião da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez nas Oficinas de Criatividade Himalaya. “É um sinal político de que dão importância à ciência, educação e à cultura. Inclusive o presidente conhece muito bem o projeto Ciência Viva e é muito atento e interventivo neste ponto”, declarou.

João Manuel Esteves, presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, afirmou que a Escola Ciência Viva e a Quinta Ciência Viva vão trazer mais valias para o concelho. “As Quintas de Ciência Viva são espaços de experimentação e pretendem ter uma grande interação quer com a academia quer com o mundo empresarial na lógica de inovação. Já a Escola Ciência Viva será marcante para os alunos e vai ter  intensos momentos de aprendizagem”, reiterou João Manuel Esteves no período antes da Ordem do Dia da reunião da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.