“Alargamento da recolha selectiva de biorresíduos ao sector residencial vai marcar o futuro de Braga”

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A Agere – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga apresentou o projecto ‘Agora Sim. Nada se Perde’, que visa alargar a recolha selectiva de biorresíduos ao sector residencial.

O projecto, co-financiado pelo Fundo Ambiental, vai valorizar os biorresíduos e, através do seu correcto encaminhamento, transformá-los em energia e em composto 100% orgânico. Numa fase inicial, será implementado nas urbanizações da Makro e Parque Norte (zonas que abrangem 1600 habitações e cerca de 3500 pessoas), com posterior alargamento a todo o concelho de Braga até final do ano.

Durante as próximas semanas, os habitantes das zonas abrangidas serão visitados por equipas de sensibilização especializadas que vão informar e explicar como se pode aderir a este projecto.

Os moradores irão receber gratuitamente um contentor castanho e sacos verdes para depósito dos restos de alimentos em contentores indiferenciados, que serão triados no Ecoparque da Braval.

O objectivo passa também por alargar esta recolha de biorresíduos alimentares a grandes produtores como hospitais, universidades, escolas e unidades de restauração e hotelaria fora do centro histórico (dentro do centro histórico esta separação já se efectua desde 2019).

Como sublinhou Rui Morais, administrador da Agere, esta separação de biorresíduos por parte da população vai ´marcar o futuro da cidade´ e irá ainda resultar na diminuição, no tarifário dos munícipes, da Taxa de Gestão de Resíduos decretada pelo governo.

Por seu turno, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que esta é uma iniciativa essencial rumo à promoção do desenvolvimento sustentável do território.

“Estamos a evitar a deposição destes resíduos em aterro e, deste modo, a transformar o que poderiam ser passivos ambientais da nossa sociedade em activos que podem trazer valor económico. Este processo de generalização da recolha selectiva de biorresíduos requer investimentos consideráveis, pelo que é muito importante que, através de fundos comunitários ou pelo orçamento de Estado, se apoie os municípios na implementação destes processos”, disse.