A “mobilidade” de Marina Gonçalves e o “casamento” de Aguiar Branco em confronto no Alto Minho
Ambos são formados em Direito, têm experiência governativa e são estreantes como cabeças de lista pelo Alto Minho, mas muito mais é o que separa Marina Gonçalves (PS) e José Pedro Aguiar Branco (AD). Ela orgulha-se de ser o rosto de “uma lista 100 % Alto Minho” e ele garante que quer voltar a “ajudar a região” como fez no passado quando diz que “salvou” os estaleiros. Ambos querem eleger três deputados, mas os cinco lugares disponíveis vão ditar necessariamente uma alteração no xadrez eleitoral.
Marina Gonçalves quer ser o rosto da continuidade das políticas do PS no circulo eleitoral de Viana do Castelo. A actual ministra da Habitação, que lidera a candidatura socialista, admite que “ainda há muito a fazer”, mas destaca o trabalho que já foi feito no distrito com o PS no Governo, exemplificando com a electrificação da Linha do Minho e a ligação de Paredes de Coura à A3. Como bandeiras eleitorais, aponta a resolução do problema do portinho de Vila Praia de Âncora, a aposta na mobilidade com a criação e requalificação de vias e o fim das portagens na A28. A concretização das estratégias locais de habitação no distrito, com projectos de arrendamento acessível, e a descentralização de consultas de especialidade são outras das prioridades da candidata socialista, que está confiante na vitória com a eleição de três deputados.
O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) pelo Alto Minho garante que vai assumir “um casamento” com o distrito nos próximos quatro anos e faz questão de repetir que “salvou” os estaleiros navais de Viana do Castelo, após um período muito conturbado, que confessa não o ter deixado dormir sossegado até encontrar uma solução. José Pedro Aguiar Branco considera que a cabeça de lista do PS pelo distrito é um dos rostos “do falhanço absoluto” da habitação e acusa o Governo socialista de deixar o país “num caos”. O candidato assegura que a insatisfação em relação à escolha do seu nome como cabeça de lista “passou” e que o partido está “unido” e focado em alcançar a “máxima maioria possível”, no distrito e no país. A eleição de três deputados é o objectivo no Alto Minho.
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