“Faz todo o sentido que o comboio de alta velocidade pare em Braga, Ponte de Lima e Valença”
A eurodeputada socialista Isabel Santos viajou desde Campanhã, no Porto, até Valença pela Linha do Minho e mostrou-se agrada com os resultados do investimento na sua modernização. No entanto, nota que a alta velocidade irá reduzir “significativamente” o tempo de viagem, mais concretamente de cerca de duas horas e um quarto para pouco menos de uma hora.
“É preciso sensibilizar a União Europeia para que esta linha de alta velocidade Porto-Vigo possa avançar o mais rápido possível e fico satisfeito que se empenhe neste projecto, que já devia estar no terreno”, salientou José Manuel Carpinteira, acreditando que estará finalizado em 2032. Com o concurso para os estudos técnicos e ambientais já a decorrer, o edil valenciano nota que “é necessário perceber se o corredor que já tinha sido aprovado ainda é viável”.
Na viagem do Porto até Valença, a eurodeputada teve a companhia do deputado à Assembleia da República, José Carlos Barbosa, especialista em ferrovia, que não tem dúvidas que a nova linha de alta velocidade vai “desbloquear completamente” o problema da falta de ligações ferroviárias desde Valença até Vigo.
“A alta velocidade traz muitos passageiros para a ferrovia. Será uma pequena revolução para estas terras porque as pessoas podem fazer o movimento pendular Valença Porto diariamente para trabalhar ou estudar, mais ainda sabendo da pressão na habitação que existe nas grandes cidades”, sustentou. Para o deputado, as paragens em Braga, Ponte de Lima e Valença são “perfeitamente viáveis”. “A aceleração deste comboios é bastante rápida e essas paragens não alteram muito o tempo de viagem. São localidades com muito potencial e com muita actividade turística e faz todo o sentido que o comboio pare. Tudo vai depender do operador, mas havendo muita frequência o número de comboios aumenta e as soluções para as pessoas também”, realçou.