Dia do Trabalhador como há 50 anos
O Dia do Trabalhador é hoje comemorado em todo o país, com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.
As comemorações da CGTP ocorrem por todo o país, abrangendo, segundo o programa divulgado, Açores, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Madeira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Poto, Lisboa e Viseu, com manifestações, festas populares e provas desportivas.
Há duas semanas, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, disse estar convicto de que tanto o 25 de Abril como o 1.º de Maio são este ano “grandes momentos de afirmação dos trabalhadores” pela valorização dos salários e combate à precariedade.
Já a central sindical UGT comemora este ano o 1.º de Maio em Vila Real, na Praça do Município desta cidade de Trás-os-Montes. No tempo de antena disponível no seu ‘site’, o secretário-geral, Mário Mourão, diz que a UGT exige ao Governo que cumpra o aumentos dos salários e pensões e que “continua disponível para o reforço da concertação e diálogo social mas se necessário também para a luta”. Sobre as empresas privadas, afirmou que “não podem continuar a ganhar milhões apenas para os acionistas e os administradores”.
Mourão apelou ainda à sindicalização, “em especial aos jovens e mulheres”, pois “nada está adquirido”.
O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.
Há 50 anos, em Portugal, a celebração do 1.º de Maio, apenas uma semana após a revolução do 25 de abril, foi uma grande manifestação popular. Por todo o país, centenas de milhares de pessoas saíram à rua mostrando a sua alegria e com exigências como ‘direito à greve’, ‘fim da guerra já’ ou ‘regresso dos soldados’, segundo as fotografias da época.