“No Minho, a festa das Neves é das que tem mais potencial”

0
338

Domingos Lemos, presidente da Comissão das Festas da Senhora das Neves para o biénio 2024/2025, está confiante de que as festividades deste ano vão voltar a ser um sucesso, até porque o Largo das Neves é “reconhecido mundialmente”, mas assume-se “cansado” depois de “um ano inteiro” a trabalhar para o objetivo e de, mesmo assim, ouvir alguns comentários negativos por parte de quem “nada faz”.

“Atualmente, não é fácil arranjar elementos para as comissões de festas. Se me perguntassem quantos é que faziam falta, eu diria um mínimo de dez por cada uma das freguesias de Barroselas, Mujães e Vila de Punhe. Nós somos apenas 11. Mas também antes quero poucos, mas bons, do que muitos e fracos”, desabafou, a poucos dias do início das festas.

Domingos Lemos, que está a assumir este desafio pela primeira vez, depois de vários anos emigrado na Bélgica, lamentou ainda algumas críticas que ouve de quem nem sequer se quis juntar à Comissão.

“Há pessoas que gostam de criticar, mas quando chega a altura de assumirem, estão todos ocupados. Eu gostava era de ver mais obras e menos paleio. As pessoas falam muito, mas quando podem fazer, não fazem nada”, atirou.

Ainda assim, para um primeiro ano como presidente da comissão de festas, acredita que está a desempenhar um bom trabalho, pois está a aplicar os seus conhecimentos enquanto empresário na organização.

“Eu entro nisto sem experiência, mas é como gerir uma empresa. Há muita gente que não aceita isso, mas isto tem de ser muito bem gerido para que o barco siga”, defendeu, acrescentando que “não se fazem omeletes sem ovos” e que é preciso muito trabalho, até porque “estas festas não são umas quaisquer” e contemplam grandes momentos como a procissão, a procissão de velas e o multissecular Auto da Floripes.

“O Largo das Neves enchia só com bombos? Claro que enchia. É reconhecido a nível nacional, europeu e mundial. Em qualquer sítio do mundo que se vá, basta dizer Largo das Neves e quase toda a gente conhece. É um largo que acolhe sempre centenas e milhares de pessoas”, realçou.

“Não vamos comparar as Festas das Neves às Festas de Ponte de Lima, ou às Festas de Nossa Senhora da Agonia, mas não ficam muito aquém. No Minho, estas devem ser uma das cinco festas com mais potencial”, crê.

Em contagem decrescente para o início da festa, Domingos Lemos deixou ainda vários agradecimentos. “Aos meus antecessores, em particular ao do ano anterior, que me deixou um cargo que eu tentarei honrar”, afirmou. E também aos presidentes das três juntas de freguesia que partilham o Largo das Neves. “Eles estão sempre disponíveis para me ajudar com tudo o que faz falta e sem eles este evento não se tornaria tão rico”, reconheceu.