Na Universidade Sénior de Ponte de Lima aprendemos tanto com os alunos quanto eles aprendem connosco”

0
167
A Universidade Sénior de Ponte de Lima iniciou o novo ano letivo com uma sessão de abertura que contou com a presença de docentes, alunos e representantes do Rotary Club de Ponte de Lima. Desde a sua criação, em 2023, que este projecto tem-se tornado um pilar importante para as pessoas mais velhas da vila e arredores, oferecendo um espaço de educação e socialização.
Teodoro da Fonte, coordenador e docente da Universidade Sénior, destacou a importância do trabalho voluntário e da dedicação da equipa de docentes. “Temos uma equipa de coordenação e de professores totalmente disponível e é com muita honra que faço parte deste projeto, mas não o faria se não fosse na qualidade de voluntário. É o meu contributo e é isto que torna esta instituição, numa instituição pioneira e um exemplo para outras”, considerou, afirmando que, apesar de já ter uma longa carreira na docência, esta é uma experiência única. “Eu tenho 44 anos como professor e neste momento esta experiência é única porque nós estamos realmente a ensinar pessoas que querem aprender, que é uma realidade que, atualmente, é muito difícil de encontrar nas nossas escolas. Aqui, encontramos alunos que desejam aprender, independentemente da idade ou formação”, considerou, garantindo que um dos aspetos mais interessantes é a diversidade de alunos. “Temos alunos com experiências de vida muito diferentes, desde aqueles que têm a quarta classe até aqueles que possuem mestrado. Cada um deles traz uma bagagem única e isso enriquece as aulas. Aprendemos tanto com eles quanto eles aprendem connosco”, acrescentou, enumerando algumas das disciplinas que vão ser lecionadas neste ano letivo. “Temos disciplinas como Teatro e Expressão Dramática, Atividade Física, Inglês, Tradições e Cultura limiana, Língua Portuguesa e Literatura, História, Artes Criativas, Saúde e Bem-estar e muitas mais”, enumerou. 
Para além da oferta curricular, a universidade também oferece experiências lúdicas, como visitas de estudo que, segundo o docente, são uma tradição da universidade. “Estas visitas de estudo são uma excelente forma de aprender fora da sala de aula, de explorar novas culturas e realidades”, reconheceu, lembrando a visita do ano lectivo anterior. “Fizemos uma visita a Aveiro, e a Lolinha, uma aluna de 92 anos, sugeriu que devíamos ir ao estrangeiro. Isso mostra que a vontade de aprender não tem idade”, disse, com um sorriso.
Nuno Malheiro, do Rotary Club de Ponte de Lima, abordou a importância de manter os seniores ativos e envolvidos na comunidade.
Leia tudo nesta edição do “AltoMinho”