Navio-museu Gil Eannes volta aos estaleiros de Viana do Castelo para manutenção

0
371

O navio-museu Gil Eannes, atracado na doca comercial de Viana do Castelo, volta, na quarta-feira ao cais do Bugio, nos estaleiros navais da cidade, que o construíram em 1955, para manutenção do casco e dos mastros.

Contactado pela agência Lusa, João Lomba da Costa, da Fundação Gil Eannes, entidade que gere o navio-museu, adiantou que a intervenção, com uma duração prevista de três semanas, tem orçamento estimado entre os 100 e os 150 mil euros.

O responsável adiantou que o investimento vai ser suportado pelas receitas geradas com as visitas ao navio-museu e destacou que “muito trabalho é ‘pro bono’”, disponibilizado pelos parceiros da fundação.

A viagem entre a doca comercial e o cais do Bugio, nos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), subconcessionados ao grupo Martifer desde 2014, tem início na quarta-feira, às 07:00.

Em janeiro de 2023, aquando das celebrações dos 25 anos do regresso a Viana do Castelo, depois de ter sido resgatado da sucata, o navio-museu Gil Eannes tinha recebido mais de 1,2 milhões de visitas.

O comandante Lomba da Costa adiantou que a terceira intervenção no navio, desde 1997, “vai incidir na limpeza, manutenção e pintura do casco, dos mastros e de outras áreas que não podem ser intervencionadas na doca comercial”.

“Os estaleiros têm meios de elevação para a realização dos trabalhos difíceis que exigem regras de segurança muito apertadas e o local ideal é nos estaleiros onde foi construído”, especificou.

A operação de manutenção, realizada de 10 em 10 anos, pretende responder “às exigências legais, em termos de certificados, entre outros de segurança”.

“Depois a Autoridade Marítima Nacional (AMN) fará a inspeção para emitir novos certificados”, apontou.