“Vir à Feira dos Santos era mais caro….”,
A sede d’ “Os Camponeses Minhotos”, em Cerdal, acolheu oradores e público para ouvir as histórias da História “da mãe de todas as feiras”. A segunda edição da tertúlia “Conversas na Feira”, sob o tema “Entre Petiscos e Desgarradas!” foi um género de “aquecimento” para a Feira dos Santos, a feira que não quer ser festa, mas que reúne milhares de visitantes para comprar e festejar este evento tão consolidado no Norte de Portugal e Galiza.
“A Feira dos Santos não é uma feira comum. Não é uma feira convertida em festa”, começa por explicar o historiador Narciso Serra no livro “A Feira dos Santos de Cerdal”, (1ª edição em 2021), que contribuiu para que o evento fosse classificado como Património Cultural Imaterial de Portugal desde 2023, pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), no domínio das práticas sociais, rituais e eventos festivos, na categoria das festividades cíclicas.
O presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, abriu a sessão com a promessa de trabalho “para consolidar este evento como património cultural imaterial”, agradecendo ao historiador e coordenadores da candidatura, cujo trabalho e reconhecimento serão firmados no próximo dia 1 de novembro, com uma placa alusiva ao evento, que será descerrada no dia grande da Feira, pelas 17 horas. “Aproveito para convidar todos a estarem presentes neste ato simbólico de colocar a plaquinha do património cultural imaterial. É o primeiro de Valença, e isso convém registar. Estamos já numa segunda candidatura, mas esta foi a primeira e precisarmos cada vez mais de referir isso como importante para Cerdal, para o concelho e até para a região”, vincou o autarca. “Podem contar com o Município para que esta feira continue com toda a força e que cada vez seja mais pujante, mas é preciso que todos possam aderir para que seja uma feira de tradições e costumes”, acrescentou.