Alto Minho continua a exigir o fim de todas as portagens na A28
O porta-voz de um movimento cívico de Viana do Castelo garantiu que irá continuar a reivindicar o fim das portagens na autoestrada A28, congratulando-se com a eliminação de pagamento nos pórticos de Neiva e de Esposende (Braga). Jorge Passos, afirmou que “o grande objetivo” do movimento Naturalmente…Não às Portagens na A28, “foi sempre a eliminação de pagamento no pórtico de Neiva”, o que aconteceu no dia 1 de janeiro.
“Para o nosso movimento o objetivo foi alcançado. No entanto, continuamos a reivindicar a eliminação de portagens em toda a A28 porque consideramos que foi uma injustiça total”, adiantou.
Para o porta-voz do movimento cívico a Estrada Nacional (EN) 13 não é de todo uma alternativa, como está comprovado”.
“A A28 foi uma apropriação do Itinerário Complementar (IC1), construída nos anos de 1989/1991, do último Governo do primeiro-ministro Cavaco Silva, paga com fundos comunitários. A aplicação de portagens constituiu um castigo e prejudicou severamente este território de Viana do Castelo e, todo o Alto Minho”, frisou.
Jorge Passos adiantou que o fim das portagens no pórtico de Esposende “é motivo de satisfação” para o movimento0 depois de “uma luta desenvolvida ao longo de mais de 15 anos”.
A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) defendeu também que o “ideal seria não haver portagens em toda a autoestrada A28”. “Finalmente esta injustiça [pagamento de portagens no pórtico do Neiva, entre Neiva e Darque, Viana do Castelo] imposta aos alto-minhotos foi revertida. Claro que o ideal seria que não houve portagens em toda a A28”, afirma o presidente da CEVAL, Luís Ceia.
Para Luís Ceia, o fim do pagamento de portagens em Neiva “só peca por tardio uma vez que este pórtico nunca deveria ter chegado sequer a existir pelos constrangimentos que veio causar”. “Finalmente foi tomada uma decisão que beneficia as empresas instaladas neste território e os utilizadores deste troço da A28”, afirma.
O presidente da CEVAL lembra que “durante vários anos, a estrutura que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo que empregam mais de 19.000 trabalhadores, “levou a cabo várias iniciativas para pressionar a retirada do pórtico, nomeadamente a entrega de uma petição pública, com mais de sete mil assinaturas, na Assembleia da República, em 2017, assim como o reiterado pedido ao Governo, para que a A28 fosse incluída no grupo de autoestradas com descontos, por se considerar que sempre estiveram reunidos os requisitos elencados na portaria que atribuía 15 por cento de descontos nas portagens de ex-SCUT”.
“O fim destas portagens até pode ter um impacto significativo nas receitas do Estado, mas durante todos estes anos teve um impacto muito grande nos custos das empresas localizadas na zona industrial do Neiva e naquelas que, não tendo outra opção, se viam obrigadas a circular pela A28. Para um território como o distrito de Viana do Castelo, a aplicação de portagens é um entrave gigante à fixação de empresas e mesmo de pessoas”, reforça.