“É uma maravilha e um orgulho ver o meu filho a jogar no Gil Vicente”
Aos 12 anos, Tomás Fernandes já jogou no Rio Ave, mas agora o seu coração está com o Gil Vicente, emblema que orgulhosamente ostenta ao peito sempre que entra em campo como jogador da equipa de infantis. Tomás fez parte da torcida dos galos no jogo contra a equipa de Vila do Conde, que acabou empatado a uma bola, e não tem dúvidas de que o Gil Vicente é o clube que vai sempre apoiar.
“Eu gosto do Rio Ave e do Gil Vicente, mas mais do Gil porque é a equipa do meu coração”, confessou o jovem jogador e adepto, natural da Póvoa de Varzim, que aproveitou o facto do seu treino nos infantis coincidir com o dia do jogo em casa do Gil Vicente contra o Rio Ave para poder ver a partida “dos grandes”. “Costumo vir ver todos os jogos do Gil em casa, mas hoje calhou ainda melhor porque tenho treinos às segundas, quartas e sextas. Os meus pais aproveitaram que vínhamos para Barcelos e viemos ver o jogo”, confirmou o pequeno craque, que viu o jogo acompanhado pelos pais e por Gustavo Martins, seu colega guarda-redes da equipa de infantis. “Não somos só jogadores também somos adeptos e torcemos pelo Gil. Ao contrário dele, eu sou aqui de Barcelos e desde que me lembro que sou adepto do Gil”, disse o jovem guardião, que tem o sonho de chegar a uma equipa profissional. “Eu sou guarda-redes e, pelo que me dizem, defendo muito bem. Gostava muito de jogar na equipa principal do Gil, mas qualquer equipa profissional já seria bom”, deseja Gustavo, atribuindo ao pai a “culpa” pelo “bichinho” do Gil Vicente. “Quando ele tinha quatro anos, coloquei-o a jogar e desde então tem ficado e gostado, o que para mim é uma maravilha e um orgulho poder vê-lo a jogar pelo meu clube do coração”, admitiu o pai do pequeno guarda-redes.
Quem também torceu pela equipa barcelense foi Carlos Coutinho e Paulo Sousa, dois amigos e vizinhos que se encontraram por coincidência às portas do Estádio Cidade de Barcelos. “Nós somos de Midões, até somos vizinhos e, por acaso, nem tínhamos combinado vir ver o jogo juntos, foi mesmo coincidência. Já nos conhecemos há muito. Em crianças, andamos juntos na escola e a jogar à bola”, contou Paulo Sousa, adepto de 55 anos que, apesar de estar fora do país, não esquece o clube da terra. “Infelizmente, não consigo ver os jogos no estádio porque estou nas Caraíbas a trabalhar, no entanto, mesmo estando lá não deixo de apoiar e vejo todos os jogos online, tanto do Gil Vicente como do Óquei de Barcelos. Estou cá de férias e claro que ia aproveitar um dia para vir aqui ao estádio, porque já que não posso vir no resto do ano, ainda dá para matar o bichinho”, afirmou, com convicção.
O amigo Carlos Coutinho acrescentou que é muito importante apoiar o clube da terra. “O Gil é o clube da nossa terra, é o nosso clube e é o clube que temos de apoiar. Acho que as pessoas deviam apoiar mais o clube da terra, mas também acho que o Gil Vicente devia ter uma presença mais visível na cidade. Nós chegamos à cidade de Barcelos e não vemos o Gil em lado nenhum, falta essa presença na parte de baixo da cidade”, considerou o adepto de 52 anos, que está a recuperar o hábito de ir ver os jogos ao estádio, que manteve com o seu pai até aos 16 anos. “O momento que mais me marcou positivamente foi o apuramento e a possibilidade de jogar nas competições europeias. Gostei muito quando jogaram na Liga Europa, mas para ser sincero não queria que lá jogassem outra vez. É complicado para uma equipa como o Gil jogar nas competições europeias (…) mas foi bom, já deu para ver uns joguinhos de Liga Europa aqui em Barcelos”, recordou Carlos. Já Paulo, não esquece a subida à I Liga. “Na altura eu estava em Portugal e festejei como devia ser. Peguei no carro e fui a apitar pelas ruas fora, foi muito engraçado”, gracejou, explicando que está satisfeito com a prestação da equipa esta época. “Eu tenho gostado daquilo que tenho visto até agora. Obviamente temos sempre aqueles jogos que até custa ver, mas não se pode pedir muito mais do que isto. O inicio da época foi um pouco complicado muito devido à troca de treinadores, antes do primeiro jogo da época, mas agora o clube está a estabilizar e o treinador está a fazer um bom trabalho”, considerou.
Com este resultado, o Gil Vicente, que não perde no campeonato há cinco jogos, somou o terceiro empate consecutivo (o sétimo na prova) e está no 11.º lugar, com 19 pontos, enquanto o Rio Ave, que vinha de um triunfo, está em 10º, com 20.