Braga mais perto de “desatar nó górdio” de trânsito

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O projeto de reorganização do Nó de Infias, um dos principais pontos de congestionamento viário da cidade de Braga, está pronto, devendo as obras custar 11 milhões de euros.

Em comunicado, o município refere que o projeto prevê a redução de 98% do tráfego automóvel, menos quatro quilómetros de filas de trânsito, mais segurança, menos ruído e 95% de fluidez nas horas de ponta.

As obras contemplam uma ligação direta e “sem conflitos” para os movimentos Norte/Este e Oeste/Norte, através da execução de um viaduto bidirecional com cerca de 220 metros de extensão e 12 de largura.

Na próxima sexta-feira, o executivo vai votar a proposta de acordo de gestão a celebrar entre a Infraestruturas de Portugal (IP) e o Município de Braga, no âmbito do projeto de reorganização daquele nó.

O acordo terá de ser aprovado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Fonte municipal disse à Lusa que o projeto está aprovado, sendo ainda necessário esperar pela autorização para realização da despesa plurianual por parte dos ministérios das Infraestruturas e das Finanças.

Acrescentou que as obras terão um prazo de execução de cerca de nove meses, contados a partir da data de adjudicação.

O Nó de Infias, por onde passam diariamente 110 mil viaturas, representa um dos principais pontos de congestionamento de trânsito da cidade, devido à confluência de diversas vias estruturantes de ligação inter-regional e nacional, com reflexos negativos na mobilidade local.

“A sua localização estratégica, numa das principais entradas da cidade, canaliza um elevado volume de tráfego proveniente dos concelhos vizinhos, exacerbando os problemas de congestionamento e impactando a fluidez da circulação”, aponta o município.

Paralelamente, serão reformuladas as ligações Sul/Norte e Este/Sul, de modo a minimizar as interferências entre correntes de tráfego. Desta forma, os movimentos principais passam a efetuar-se praticamente sem constrangimentos, o que permitirá também uma melhoria dos movimentos secundários, que deixam de ter os fluxos de tráfego principais a prejudicá-los.

A intervenção a realizar fará com que a atual rotunda desnivelada deixe de funcionar como tal, no seu quadrante sul, o que limitará o acesso a nascente para o tráfego proveniente do Lugar de Cabanas, que não poderá aceder ao futuro viaduto.

Para contornar esta limitação, será criado um pequeno acesso à EN101.

Segundo o acordo de gestão, a IP assumir-se-á como dona da obra, sendo responsável pelo lançamento, gestão, execução e fiscalização da intervenção, desde o procedimento pré-contratual até ao encerramento administrativo da empreitada.

A IP terá ainda a responsabilidade pela execução material e financeira do projeto.

Para imprimir mais celeridade ao processo, a Câmara Municipal está já a tramitar as expropriações.

A Câmara também assumiu 50% dos custos de projeto e avançou com a contratação e realização da auditoria de segurança.