
Uma escola que impressiona pais e filhos
A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima abriu as portas aos pais e encarregados de educação dos alunos do primeiro ano para poderem visitar os vários departamentos de produção e confirmarem a evolução dos filhos ao longo do ano lectivo.
O filho de Ezequiel da Fonte frequenta o primeiro ano do curso técnico de produção agro-pecuária. Gere uma exploração do sector em Balasar (Póvoa de Varzim) e a ideia é que o filho possam aprender mais para o ajudar na evolução do negócio. “Já tem um conhecimento básico das coisas por força da nossa vida , mas aqui adquire outros conhecimentos e tem outras perspectivas das coisas. Todos os anos aparecem coisas novas e na escola são os primeiros a transmitir essa informação aos alunos. Nós já temos acesso a alguma informação, mas a formação é fundamental e há pormenores que podem fazer a diferença”, salientou, mostrando-se “impressionado” com a qualidade da formação e com o uso de equipamentos com tecnologia vançada. “Já tínhamos visitado a escola quando fez a inscrição, antes do início do ano lectivo, mas esta é uma boa iniciativa porque também podemos perceber a evolução que vai existindo. É uma escola que, a continuar assim, vai ter, com toda a certeza, muito sucesso”, referiu.
Hélder Raimundo, de Sesimbra, também respondeu positivamente ao convite da escola para ver de perto a evolução da filha, que frequenta o primeiro ano do curso técnico de gestão equina. Aos cinco anos, Áurea quis fazer equitação e quer fazer desta paixão a sua vida. “Ela queria esta área, investigou e decidiu que queria vir estudar para esta escola. É longe, mas gostou e nós também gostamos muito”, contou Hélder Raimundo, acrescentando que o retorno da filha tem sido “muito positivo”. “Ela está contente e tem evoluído muito. Tem um bom acompanhamento e, felizmente, está tudo a correr bem”, declarou, mostrando-se agradado com esta iniciativa. “Para termos a noção de como estão a correr as coisas e perceber o que é feito nas aulas”, realçou.
O Dia do Encarregado de Educação é uma iniciativa que se tem repetido anualmente e parece conquistar cada vez mais participantes. “Participam de forma muito activa e estão bastante envolvidos. É uma actividade para manter porque fazemos coisas muito interessantes, mesmo em termos tecnológicos e é importante fazer essa demonstração”, confirmou Petros Rekas, professor de economia e gestão agrícola na escola, explicando que os encarregados de educação ficam satisfeitos por perceberem de que forma funcionam os departamentos de produção através de uma visita contextualizada em cada um deles, nomeadamente viticultura e enologia, produção de leite, núcleo de suínos ao ar livre e horticultura protegida.
“Os filhos vão dando nota aos pais do que vão fazendo, mas nesta visita ficam sempre surpreendidos. Quando chegam aqui vêem que ainda é melhor do que o que os filhos contam em casa e esta interacção tem sido muito interessante”, afirmou o docente.
Frisando que a política da escola é manter-se sempre de “portas abertas” para o exterior, o professor destacou o trabalho realizado com vários parceiros, bem como a participação em várias actividades no exterior e feiras agrícolas, como a Agro, que decorre este fim-de-semana em Braga. “Quanto mais pudermos mostrar a escola, mais alunos conseguimos atrair”, notou.
Rute Alves, adjunta do director da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural e coordenadora da equipa de avaliação interna e gestão da qualidade, destacou a elevada adesão dos pais e encarregados de educação a este dia de visita. “Antes do início do ano lectivo, têm oportunidade de visitar as instalações da escola, mas este dia é diferente porque vêem os alunos em acção“, explicou, garantindo que os pais ficam “impressionados” com o que é feito na escola. “Por exemplo, no caso dos pais dos alunos de agro-pecuária ficam admirados com a componente da tecnologia. Alguns já usam alguma tecnologia nas suas explorações, mas aqui os filhos têm oportunidade de conhecer outras abordagens. Os pais dos alunos do curso de cozinha, pastelaria e restaurante e bar, como fazem a visita em conjunto, vêem sempre em acção quem prepara e quem serve o que é preparado. No curso de gestão equina, conseguem ter uma perspectiva geral do que os alunos fazem na componente tecnológic, desde o maneio alimentar e reprodutivo nas boxes até à equitação”, sustentou.