Técnicos de radiologia do Hospital do Alto Minho exigem solução que “ponha termo à discriminação e desconsideração”

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Os trabalhadores do serviço de imagiologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) vão reunir esta quinta-feira em plenário para avaliar quais serão as próximas ações de luta para garantirem que o serviço seja internalizado na ULSAM. Este plenário surge após uma reunião entre o  Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) com a administração da ULSAM durante a qual foi pedida “uma solução que permita evitar o atropelo dos direitos dos trabalhadores” uma vez que a empresa concessionária do serviço de imagiologia “pretende efetuar o “despedimento coletivo” dos Técnicos de Radiologia”. De acordo com o sindicato, está previsto ser lançada “mais uma renovação do concurso para a concessão da gestão privada deste serviço hospitalar que continua a condicionar a prestação de cuidados de um serviço público de saúde essencial, nomeadamente no diagnóstico e acompanhamento de patologias associadas à Covid-19”.

O sindicato informou que na reunião, que decorreu esta quarta-feira, “a administração mostrou-se sensível à problemática, garantindo que vai desenvolver todos os esforços para que este “despedimento coletivo” não se realize, de modo a que não fiquem em causa postos de trabalho nem a prestação de cuidados de saúde essenciais”.

Para a estrutura sindical “é insustentável a situação de instabilidade em que estes trabalhadores prestam diariamente o seu trabalho e cumprem as suas funções e é urgente que o serviço seja internalizado”, por isso, insiste “na necessidade da contratação destes profissionais” e que seja “encontrada uma solução que ponha termo à discriminação e desconsideração e garanta os direitos constitucionais que estão a ser violados”.

Um grupo de Técnicos de Radiologia lançou recentemente uma petição pela internalização (gestão pública interna) deste serviço e pelo fim da precariedade dos seus trabalhadores. A petição já ultrapassou os 2 200 subscritores e os proponentes pretendem entregar ao presidente da Assembleia da República para que o assunto aí seja debatido com a máxima celeridade.

“Estes profissionais de saúde prestam igualmente um serviço público sob a direção e coordenação da Unidade Local, no cumprimento das orientações e normativos vigentes nas unidades de saúde. É, assim, incompreensível, que os trabalhadores fundamentais que asseguram necessidades essenciais ao cumprimento dos fins e missão dos serviços de saúde em causa sujeitos a um vínculo precário, estejam a receber cartas enviadas pela empresa LIFEFOCUSII de cessação de contrato, sem qualquer garantia de emprego e direitos laborais, sem direito à integração num regime de trabalho contratual que conceda, à semelhança dos trabalhadores do mesmo serviço com vinculo laboral à ULSAM, EPE, direitos iguais”, contesta o presidente do STSS, Luis Dupont.