Alto Minho alcançou 900 milhões de euros em investimento financiado

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O Alto Minho alcançou um investimento financiado por fundos comunitários de quase 900 milhões de euros, distribuídos por quase 2000 projetos, no atual quadro comunitário Portugal 2020. A informação foi dada pelo presidente da CCDR-N durante a reunião que manteve com a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, em Ponte de Lima. “À sua dimensão, o Alto Minho é uma das regiões mais dinâmicas na procura e na aplicação de fundos comunitários, sendo mais de metade do financiamento aprovado no PORTUGAL 2020 atribuído a empresas. De destacar, neste âmbito, o dinamismo e a inovação empresarial do Alto Minho sendo evidente ao nível dos maiores investimentos aprovados por fundos comunitários”, frisou a CIM Alto Minho, indicando que os primeiros 10 investimentos são de iniciativa empresarial. Entre os maiores projetos empresariais estão investimentos como o da REN para a construção do cabo submarino para a receção de energias offshore na zona de Viana do Castelo (49,5 milhões de euros) e ligados à inovação produtiva, liderados por empresas como a SUAVECEL (25 milhões de euros), a EUROCAST (23 milhões de euros), a FORTISSUE (18 milhões de euros), a EUROSTYLE (17 milhões de euros) ou a NUNEX (17 milhões de euros).

De acordo com a informação posterior à reunião, no investimento público, o maior projeto é da Águas do Alto Minho, que representa mais de 10 milhões de euros de financiamento e é vocacionado para o reforço e a eficiência do sistema de abastecimento de água, com um projeto voltado para o controlo e a redução de perdas.

“O grande desafio que temos pela frente é o de acelerar a execução dos projetos contratualizados no NORTE 2020, sem perder um euro que seja, ao mesmo tempo que formatamos bem o próximo ciclo de ajudas comunitárias para o NORTE 2030 e os demais programas do Portugal 2030. Esta é a altura em que temos de mobilizar braços para executar e a cabeça para pensar”, afirmou o presidente da CCDR-N, defendendo a necessidade de existir  “um programa regional robusto financeiramente, com autonomia de gestão e que responda às necessidades e desafios da região, nos diferentes territórios”. Para António Cunha, a CIM Alto Minho “é um bom exemplo das comunidades intermunicipais que pensaram estrategicamente o seu futuro, no horizonte 2030”. “Dispõe de um diagnóstico prospetivo e de um plano de ação estruturado. Está numa boa posição para continuar a ser um território-exemplo na aplicação dos fundos europeus”, acrescentou. 

Nesta reunião, os presidentes dos municípios do Alto Minho salientaram a necessidade do exercício de finalização deste quadro comunitário e aprovação destes instrumentos de financiamento serem devidamente articulados no modelo de operacionalização, “reforçando o papel das comunidades intermunicipais e das autarquias em particular nos domínios temáticos associados à descentralização e às novas competências, designadamente ao nível da saúde, ação social, ensino e qualificação profissional, mas também da mobilidade e dos transportes, da atração e captação de investimento, do turismo sustentável, da gestão da paisagem e das florestas no contexto do desenvolvimento local”, reiterou a CIM.