Festa das Rosas foi classificada como património cultural imaterial

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O registo da Festa das Rosas de Vila Franca, em Viana do Castelo, foi formalizado no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, como consta do anúncio publicado em Diário da República.

O despacho assinado pela subdiretora-geral do Património Cultural Rita Jerónimo, é sustentado numa proposta do Departamento dos Bens Culturais da Direção-geral do Património Cultural (DGPC).

“A inscrição da Festa das Rosas de Vila Franca no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial responde aos critérios […] relativos à importância da manifestação […] enquanto reflexo da identidade da comunidade em que esta tradição se originou e se pratica”, lê-se no anúncio publicado.

O documento realça ainda “a produção e reprodução que caracterizam esta manifestação do património cultural na atualidade”, e que se traduz “em práticas transmitidas intergeracionalmente no âmbito da comunidade, com recurso privilegiado à oralidade e à observação e participação direta”.

A inscrição agora formalizada desta romaria que se realiza há 399 anos surge na sequência de um pedido formulado pela Junta de Freguesia de Vila Franca.

Em março, a Câmara de Viana do Castelo aprovou, por unanimidade, um parecer positivo, “manifestando a total concordância”, aquele registo por “visar a proteção legal de todo o simbolismo e expressão cultural que as festas representam no plano local e nacional”.

Esta romaria é conhecida pelos cestos floridos, confecionados com milhares de pétalas de flores presas por alfinetes. Os cestos, que chegam a pesar mais de 50 quilogramas, são transportados na cabeça por jovens mordomas batizadas em Vila Franca, e que completem 19 anos em maio, numa demonstração de “orgulho e fé”. A mordoma, com a ajuda dos bordadores, é que escolhe os motivos do cesto florido que vai oferecer a Nossa Senhora do Rosário.