“Queremos menos carros e mais liberdade no casco histórico de Monção”
A Câmara de Monção está a investir cerca de um milhão de euros na construção de três parques de estacionamento, com 180 lugares, para tirar as viaturas do centro histórico da vila, disse hoje o presidente António Barbosa.
Em declarações à agência Lusa, o autarca social-democrata daquele concelho do distrito de Viana do Castelo adiantou que dos três novos parques, dois estão em execução, o da Cova do Cão e o da Portas de Salvaterra, este concluído até final do ano, e um terceiro, da Entrada Poente, a sua empreitada já foi lançada a concurso público.
“Na parte urbana de Monção, a estratégia de reabilitação do centro histórico passa pela construção de parques de estacionamento nas zonas circundantes no sentido de, paulatinamente, irmos reduzindo o estacionamento no casco urbano, permitindo maior fruição do espaço público. Menos carros e mais liberdade e mais espaços para que as pessoas possam circular, e mais visibilidade para o comércio local”, especificou.
António Barbosa destacou ainda o investimento de perto de mais de 800 milhões de euros na valorização ambiental, “para reforçar atratividade turística daquele concelho”.
Apontou a continuidade da ecopista junto ao rio Minho, com os troços da Pedra Furada a Parque das Caldas (195 mil euros), do Posto Aquícola a Ruivos (160 mil euros) e de Ruivos a Landre, na freguesia de Bela (260 mil euros).
Em curso está a continuidade da ecopista do rio Minho entre a zona do Posto Aquícola e o antigo posto da Guarda Fiscal (Posto do Piscoto), no limite entre a União de Freguesias de Monção e Troviscoso e a freguesia de Bela.
A primeira fase da ecovia, que representou um investimento 120 mil euros, está concluída desde o verão, ligando o Parque das Caldas ao Posto Aquícola.
Com pouco mais de um quilómetro de extensão, o trajeto passa por alguns locais que eram utilizados pela população para a passagem ilegal de mercadorias (contrabando), de um lado para o outro da fronteira.
Nesse percurso, junto a uma pesqueira recuperada, foi construído um passadiço elevado em madeira com, aproximadamente, 55 metros de extensão, sendo que uma ponte de betão armado deu lugar a uma nova travessia em madeira.
Já no Posto Aquícola localiza-se um parque de merendas.
Além da ecopista do rio Minho, “considerada uma das melhores da Europa”, a autarquia está a investir na valorização das margens do rio Mouro, num investimento já em curso que ascende a 256 mil euros, e no Gadanha, ainda em fase de projeto.
“Nesta fase, a intervenção decorre no rio Mouro, desde a ponte até Tangil. O objetivo é fazer o tratamento das margens do rio Mouro de forma que possam a ser utilizáveis pelas pessoas. A nossa intervenção é minimalista, criando circuitos junto ao rio, o mais naturais possível”, destacou.
Está ainda prevista a construção de ecoparque em Tangil, que terá “uma área total de 2.751 metros quadrados, que tem como objetivo a valorização daquela zona próxima do rio Mouro, atribuindo-lhe um conjunto de novas funcionalidades, com vocação ambiental e recreativa, para fruição da população local e dos visitantes”.
“Aproveitando a topografia do terreno, disposto em três patamares alinhados com o corredor fluvial, o projeto contempla três zonas distintas”, especificou.
No primeiro patamar, “pretende-se a criação de condições efetivas para acesso pedonal e aparcamento de veículos e bicicletas, bem como a construção de um anfiteatro ao ar livre, com funções polivalentes, destinado à realização de eventos culturais, palestras temáticas e iniciativas de cariz educativo/ambiental”.
No segundo, “está projetada a construção de um edifício de apoio às diferentes valências, constando de receção, loja comunitária, espaço expositivo e bar gastronómico”, compreendendo, também, áreas de fruição da natureza (circuito ecoaventura, oficina ecológica e área social/artística)”.
Mais próximo do rio, “a intervenção no terceiro patamar incidirá, basicamente, na limpeza das margens e do coberto vegetal existente, erradicação das espécies infestantes e valorização da galeria ripícola e vegetação autóctone”.